A ministra do Ambiente de Angola, Ana Paula de Carvalho, está na Colômbia, onde participa da COP1 a convite da vice-presidente colombiana. Representando Angola em discussões sobre a estratégia africana para a biodiversidade, a ministra enfatizou nesta terça-feira os progressos e desafios do país na área. Angola conta atualmente com 14 áreas de conservação, abrangendo 13% do território, monitoradas por 612 fiscais ambientais. A meta é expandir essa cobertura para 16% com a criação de três novas áreas, com o objetivo de, a médio prazo, atingir 30% do território nacional sob proteção ambiental.

Durante o evento, a ministra destacou que o maior desafio para Angola e outros países africanos é o financiamento sustentável. Apesar de avanços como a conclusão da Estratégia e Plano Nacional de Biodiversidade (NBSAP), com um índice de execução de 60%, os países africanos, embora poluam menos, sofrem intensamente com os impactos das mudanças climáticas, que também afetam a biodiversidade. “Temos planos bem elaborados, mas falta-nos o apoio financeiro para implementá-los em sua totalidade”, afirmou.
No âmbito da revisão da NBSAP, Angola já realizou consultas amplas com instituições governamentais e não-governamentais, resultando em 23 novas metas alinhadas aos compromissos globais de Kunming e Montreal. A ministra prevê apresentar a proposta final da estratégia para o período 2025-2030 ao Conselho de Ministros após uma consulta pública.
Além de preservar áreas naturais, Angola está investindo no envolvimento das comunidades locais. Segundo a ministra, “é fundamental empoderar e integrar as comunidades que vivem ao redor das áreas de conservação, para garantir a proteção sustentável dos ecossistemas”.
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