O secretário de Estado para o Petróleo e Gás, Alexandre Barroso, destacou, esta segunda-feira, em Luanda, a importância da estratégia contida no Plano Diretor do Gás Natural (PDG), com foco no desenvolvimento, aproveitamento e monetização dos recursos de gás natural de Angola. O objetivo é maximizar os benefícios socioeconômicos e minimizar os impactos ambientais adversos.
Durante a abertura da Consulta Pública ao PDG, Alexandre Barroso enfatizou que o plano será implementado ao longo dos próximos 30 anos, alinhado ao Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027. Ele frisou a necessidade de desenvolver uma cadeia de valor robusta para o setor do gás natural, com ênfase na criação de um ambiente regulatório, legal e fiscal atraente para investimentos, além da construção de infraestruturas e do fortalecimento de um mercado interno dinâmico e competitivo.
O plano visa também a diversificação da economia angolana, com a criação de indústrias petroquímicas e siderúrgicas. Barroso lembrou que o gás natural é fundamental para a transição energética global, ao contribuir para a mitigação das alterações climáticas e a redução de gases de efeito estufa. O gás natural é uma alternativa mais limpa em comparação ao carvão e outros combustíveis fósseis pesados.
Apesar da transição para energias renováveis, como solar e eólica, o secretário de Estado ressaltou que os hidrocarbonetos continuam a desempenhar um papel crucial na economia angolana, representando um terço do PIB e sendo a principal fonte de divisas para o Estado.
A Consulta Pública ao PDG permite a participação ativa de cidadãos, especialistas e organizações na formulação e aprimoramento do plano, garantindo que as expectativas de todos os atores envolvidos sejam atendidas.
