Sábado, 7 de Dezembro, 2024

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Chivukuvuku garante que o seu partido vai continuar na plataforma da oposição angolana

O líder do PRA-JA, Servir Angola, Abel Chivukuvuku, disse hoje que o seu recém-legalizado partido vai continuar a integrar a plataforma da oposição angolana Frente Patriótica Unida (FPU), ao lado da UNITA e do Bloco Democrático.

Em declarações à imprensa, no final da cerimónia onde tomou posse como conselheiro do Presidente angolano, Abel Chivukuvuku foi questionado sobre o futuro da Frente Patriótica Unida (FPU), que integra a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o PRA-JA Servir Angola e o Bloco Democrático, afirmando que o seu partido recentemente legalizado vai continuar a fazer parte desta plataforma política, criada nas eleições gerais de 2022.

Segundo Abel Chivukukuvuku, depois de vários chumbos do Tribunal Constitucional, o PRA-JA Servir Angola foi legalizado dentro das normas legais da Constituição da República, bem como da lei dos partidos políticos.

“É do conhecimento geral que a Frente Patriótica Unida é constituída por três dimensões, a UNITA, partido legal há muitas décadas, Bloco Democrático, também partido legal há alguns anos, e o PRA-JA Servir Angola.”, disse.

O político reafirmou que o PRA-JA Servir Angola, agora partido político, continua a ser parte da FPU, considerando legítimas as opiniões de que com a legalização desta força política, a plataforma fica fragilizada.

“Não se pode travar os que querem pensar, é legítimo, e em democracia é livre que pensem assim, agora o que vai contar são os factos e a realidade”, declarou.

O coordenador da FPU e presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, disse na terça-feira que a legalização do PRA-JA Servir Angola teve motivações políticas, alegadamente para desestabilizar a Frente Patriótica Unida (FPU), mas garantiu que a plataforma “está estável”.

Abel Chivukuvuku, que foi também militante da UNITA, de onde saiu para liderar a CASA-CE, frisou, por outro lado, que o país atravessa muitas dificuldades, “tanto do ponto de vista político, como do ponto de vista económico e sobretudo social”.

“É para ali que é preciso que todas as sinergias, ideias, sugestões válidas, sejam trazidas aos órgãos para concorrermos para a melhoria da condição de vida dos nossos cidadãos. É este o propósito, servir Angola”, referiu, lembrando ainda que já fez parte deste órgão de 2012 a 2019 por inerência, quando foi líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola — Coligação Eleitoral (CASA-CE), fazendo agora parte do Conselho por indicação do chefe de Estado.

O Presidente angolano, João Lourenço, disse que quer contar com a experiência política de Abel Chivukuvuku para ajudar a “superar os grandes desafios” que o país tem.

Abel Chivukuvuku tornou-se membro do Conselho da República, na sequência de uma vaga aberta pela morte do conselheiro Ismael Mateus.

“Entendi preencher esta vaga com alguém que penso que com o seu saber, com a sua experiência da vida política, poderá reforçar o leque de conselheiros que tem presente e desta forma ajudar o Presidente da República a superar os grandes desafios que o nosso país tem”, disse João Lourenço.

O Presidente felicitou Abel Chivukuvuku pela confiança que recaiu sobre si, esperando “muito” da sua presença neste conselho.

“Temos prevista já uma primeira reunião dentro de escassos dias, para abordarmos o vasto programa de comemorações do 50º aniversário da independência nacional”, realçou o Presidente de Angola.

Lusa

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