O MPLA, partido no poder em Angola, está a preparar a realização do 8º Congresso Extraordinário, cujas bases foram analisadas durante a terceira sessão ordinária do Bureau Político, ocorrida sexta-feira no Complexo Turístico Fungo 2, em Luanda. Sob a liderança de João Lourenço, o encontro discutiu diversos documentos estratégicos, incluindo a tese principal do congresso intitulada “MPLA da Independência aos Nossos Dias: Os Desafios do Futuro”. Os documentos serão submetidos à aprovação final na próxima reunião do Comité Central, marcada para o dia 9 deste mês.
Durante a sessão, foram aprovados os documentos que definem as bases gerais do congresso, bem como as comissões de trabalho. A confirmação do evento extraordinário ficará a cargo do Comité Central, órgão responsável por convocar o congresso, caso considere apropriado.
Além disso, o Bureau Político do MPLA aprovou também os documentos reguladores do 9º Congresso da Juventude do MPLA (JMPLA), que ocorrerá em novembro, onde três candidatos concorrem à liderança da organização juvenil. Caberá ao Presidente do partido decidir se todos os candidatos serão apresentados ou se a corrida será limitada a dois nomes.
Outro ponto crucial da reunião foi a adequação da estrutura do partido à nova divisão político-administrativa do país, que cria novas províncias e eleva algumas localidades à categoria de municípios e comunas. O MPLA pretende estabelecer comités provinciais nas novas províncias e ajustá-los às realidades locais, assegurando que o partido mantenha a sua presença em todas as circunscrições, tal como tem feito historicamente.
Esta reorganização interna segue as recentes mudanças no mapa administrativo de Angola, incluindo a divisão de províncias como Luanda, Moxico e Cuando Cubango, criando mais municípios e comunas. O MPLA, partido com maior capilaridade nacional, está a preparar-se para expandir as suas estruturas para atender a essas novas realidades.
Durante a sessão do Bureau Político, também foram discutidos ajustes nos cargos de primeiros secretários do partido em algumas províncias, em resposta às movimentações ocorridas no âmbito do governo.
