Nos últimos cinco anos, Angola fez progressos notáveis na área da saúde, com a construção de infraestruturas hospitalares capazes de reduzir a necessidade de enviar pacientes para juntas médicas no exterior. Além disso, foram abertos 250 gabinetes de utentes em unidades de saúde, com o objetivo de melhorar e humanizar os serviços prestados à população. As informações foram divulgadas pelo secretário de Estado para a área hospitalar, Leonardo Inocêncio, durante o 1.º Congresso Hospitalar Regional do Sul.
Segundo Inocêncio, o país já realiza cirurgias que antes só eram possíveis no exterior, como cirurgias de anca, cardíacas e de revascularização miocárdica. Ele também mencionou que Angola está em fase inicial de criação de condições para transplantes de medula óssea, o que marca mais um avanço significativo no setor da saúde.
Além das infraestruturas, o país viu um aumento de 46% na força de trabalho do setor da saúde e implementou um programa ambicioso de formação de quadros. Mais de 38 mil profissionais de saúde estão a ser capacitados, tanto para preencher a carência de profissionais qualificados, quanto para lidar com as novas tecnologias introduzidas nas unidades de saúde.
No âmbito da região sul, províncias como Huíla, Cunene, Cuando Cubango, Namibe e Benguela foram destacadas pela construção de hospitais de alta complexidade. Inocêncio também sublinhou a importância de um sistema de referência e contra-referência entre os hospitais terciários, provinciais, municipais, centros e postos de saúde, para garantir uma assistência de alta qualidade a todos os cidadãos.
No que diz respeito à humanização dos cuidados, o secretário de Estado enfatizou a abertura de mais de 250 gabinetes de utentes em todo o país, proporcionando um canal direto de comunicação entre os cidadãos e os serviços de saúde.
O 1.º Congresso Hospitalar Regional do Sul, realizado, nos dia 26 e 27 de setembro, sob o tema “Um olhar sobre a inovação, gestão da qualidade e investigação científica operacional nas organizações de saúde. Que caminhos?”, debateu várias temáticas relacionadas com a qualidade e a investigação científica em saúde, buscando caminhos para melhorar o sistema de saúde no país.
Angop