No âmbito do reforço de sistemas para combater crimes financeiros, 80 magistrados judiciais estão a ser capacitados em Angola, num workshop, que se realiza hoje, em Luanda, que também aborda crimes conexos, com destaque para o branqueamento de capitais. Este esforço visa fortalecer as habilidades dos tribunais no esclarecimento desses crimes complexos.
A formação faz parte do programa PRO REACT, iniciado em abril de 2021, com o apoio da União Europeia. Paulo Simões, representante da União Europeia, destacou a importância da colaboração entre diversas entidades angolanas, como a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Autoridade Tributária, e a Unidade de Informação Financeira (UIF), para garantir uma rede de atuação eficaz contra o crime financeiro.
O programa, que termina no final de 2024, inclui capacitações em várias províncias de Angola, abordando tanto áreas judiciais como outras áreas relevantes para a luta contra a corrupção e o branqueamento de capitais. Angola tem feito progressos significativos no combate ao branqueamento de capitais, com a criação de novas instituições, como o UIF e o Serviço Nacional de Recuperação de Ativos (Senra), sendo estabelecido como prioridade pelo governo angolano.
Simões enfatizou que as autoridades angolanas estão empenhadas em aprimorar os mecanismos de combate à corrupção e que este workshop é um exemplo claro do compromisso em formar profissionais preparados para lidar com esses desafios.