Quinta-feira, 10 de Outubro, 2024

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Instabilidade no Leste da RDC mantém fronteiras angolanas em alerta

A crescente instabilidade no leste da República Democrática do Congo (RDC) tem levado as autoridades angolanas a manter as fronteiras em estado de alerta. Esta situação é especialmente relevante, dado a proximidade geográfica entre os dois países. O embaixador de Angola na RDC, Miguel da Costa, comentou a situação, ressaltando a confiança da população congolesa no trabalho do presidente angolano, João Lourenço, para alcançar a paz na região.

Durante uma recente entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA), o embaixador afirmou que “a paz não tem preço; a paz é a coisa mais sagrada que podemos ter”. Ele lembrou os longos anos de guerra que Angola enfrentou e os custos devastadores associados a esses conflitos, enfatizando a necessidade de se buscar soluções pacíficas para a instabilidade na RDC. “A guerra não é um bom negócio. É fundamental encontrar uma saída que leve à paz”, declarou Miguel da Costa, destacando os esforços contínuos do governo angolano, mesmo diante dos altos e baixos dos processos negociais.

Atualmente, muitos angolanos residem na RDC, com a migração significativa levando a mais de 2 milhões de cidadãos angolanos a buscar refúgio no país vizinho. No entanto, esse número caiu drasticamente para cerca de 60.000, refletindo as dificuldades de integração enfrentadas pelos emigrantes. “O emprego não está fácil, e ainda temos que saber falar francês para conseguir oportunidades de trabalho”, observou um angolano que vive na RDC, expressando a saudade da sua terra natal e das dificuldades que enfrenta na nova realidade.

A embaixada de Angola na RDC tem trabalhado para superar esses desafios, facilitando o tratamento de documentos e outros serviços consulares, embora ainda enfrente algumas barreiras legais que complicam o processo. Para melhorar as condições dos cidadãos angolanos, o responsável pelo setor consular tem viajado frequentemente a Luanda para negociar soluções.

Em um esforço contínuo para fortalecer os laços entre as comunidades angolanas na diáspora e sua terra natal, o embaixador recebeu recentemente uma delegação do MOV Angola, um projeto que visa levar mensagens patrióticas e promover a integração dos cidadãos angolanos que residem na RDC. A capital congolense, Kinshasa, com seus mais de 10 milhões de habitantes, é uma cidade vibrante e cheia de vida, onde esses esforços estão sendo implementados.

Enquanto as tensões na RDC continuam a representar um desafio, a determinação do governo angolano em buscar soluções pacíficas e a promoção da integração dos cidadãos angolanos no exterior permanecem como prioridades. A instabilidade no leste da RDC, embora preocupante, também serve como um lembrete da importância da paz e da cooperação na região africana.

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