Sábado, 5 de Outubro, 2024

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Alterações climáticas ameaçam meios de subsistência em Angola, afirma ministra na ONU

Durante os debates intergovernamentais na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), a ministra do Ambiente de Angola, Ana Paula de Carvalho, apresentou, na quinta-feira (26), um panorama preocupante sobre as alterações climáticas que afetam o país. A ministra sublinhou a importância de uma ação climática coordenada, fundamentada na ciência e na cooperação global, destacando os desafios que Angola enfrenta no que diz respeito à preservação ambiental e à sustentabilidade das suas comunidades costeiras.

Ana Paula de Carvalho ressaltou que as mudanças climáticas, impulsionadas pela interferência humana nos ecossistemas naturais, estão a exigir respostas urgentes e transformacionais. Segundo a ministra, “ação climática a nível global, regional e local deve ser firmemente orientada pela ciência, particularmente a fornecida pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)”, um dos principais organismos científicos no estudo do clima.

A ministra também detalhou as características geográficas e a riqueza natural de Angola, evidenciando o impacto direto que as alterações climáticas têm sobre as comunidades costeiras do país. Ela destacou que cerca de dois terços das fontes de subsistência dessas comunidades dependem da agricultura e da pesca, atividades intimamente ligadas à saúde dos ecossistemas.

“A preservação desses ecossistemas é fundamental para a sobrevivência das comunidades costeiras”, afirmou Ana Paula de Carvalho, alertando que a degradação ambiental ameaça seriamente esses meios de vida. Para mitigar os impactos climáticos, Angola está a desenvolver um plano robusto para proteger a orla costeira, que necessitará de apoio técnico, tecnológico e financeiro para ser implementado com sucesso.

O discurso da ministra ocorre num momento em que o mundo assiste a sinais alarmantes da natureza. Um exemplo claro foi o furacão Helen, que passou pela Flórida nesta quinta-feira, com ventos de 180 km/h, causando uma destruição que as autoridades descreveram como “catastrófica”. Este furacão de categoria 3, que continua sua trajetória sobre o Golfo do México, deixou milhares de desalojados e várias regiões sem energia elétrica.

Esse evento climático extremo reforça a urgência das ações globais para combater as alterações climáticas, tema central do debate na ONU. A ministra de Angola reiterou que a preservação ambiental e o enfrentamento das mudanças climáticas exigem uma colaboração internacional robusta, apelando a mais apoio para nações em desenvolvimento, como Angola, que enfrentam desafios adicionais em sua trajetória de desenvolvimento sustentável.

A sessão de debates intergovernamentais foi marcada por alertas da comunidade científica e líderes internacionais sobre a necessidade de acelerar a transição para modelos econômicos mais verdes e sustentáveis. As ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas não são mais uma escolha, mas uma responsabilidade coletiva para garantir um futuro habitável para as próximas gerações.

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