Quinta-feira, 17 de Outubro, 2024

O seu direito à informação, sem compromissos

Search
Close this search box.

Pesquisar

Alterações climáticas ameaçam meios de subsistência em Angola, afirma ministra na ONU

Durante os debates intergovernamentais na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), a ministra do Ambiente de Angola, Ana Paula de Carvalho, apresentou, na quinta-feira (26), um panorama preocupante sobre as alterações climáticas que afetam o país. A ministra sublinhou a importância de uma ação climática coordenada, fundamentada na ciência e na cooperação global, destacando os desafios que Angola enfrenta no que diz respeito à preservação ambiental e à sustentabilidade das suas comunidades costeiras.

Ana Paula de Carvalho ressaltou que as mudanças climáticas, impulsionadas pela interferência humana nos ecossistemas naturais, estão a exigir respostas urgentes e transformacionais. Segundo a ministra, “ação climática a nível global, regional e local deve ser firmemente orientada pela ciência, particularmente a fornecida pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)”, um dos principais organismos científicos no estudo do clima.

A ministra também detalhou as características geográficas e a riqueza natural de Angola, evidenciando o impacto direto que as alterações climáticas têm sobre as comunidades costeiras do país. Ela destacou que cerca de dois terços das fontes de subsistência dessas comunidades dependem da agricultura e da pesca, atividades intimamente ligadas à saúde dos ecossistemas.

“A preservação desses ecossistemas é fundamental para a sobrevivência das comunidades costeiras”, afirmou Ana Paula de Carvalho, alertando que a degradação ambiental ameaça seriamente esses meios de vida. Para mitigar os impactos climáticos, Angola está a desenvolver um plano robusto para proteger a orla costeira, que necessitará de apoio técnico, tecnológico e financeiro para ser implementado com sucesso.

O discurso da ministra ocorre num momento em que o mundo assiste a sinais alarmantes da natureza. Um exemplo claro foi o furacão Helen, que passou pela Flórida nesta quinta-feira, com ventos de 180 km/h, causando uma destruição que as autoridades descreveram como “catastrófica”. Este furacão de categoria 3, que continua sua trajetória sobre o Golfo do México, deixou milhares de desalojados e várias regiões sem energia elétrica.

Esse evento climático extremo reforça a urgência das ações globais para combater as alterações climáticas, tema central do debate na ONU. A ministra de Angola reiterou que a preservação ambiental e o enfrentamento das mudanças climáticas exigem uma colaboração internacional robusta, apelando a mais apoio para nações em desenvolvimento, como Angola, que enfrentam desafios adicionais em sua trajetória de desenvolvimento sustentável.

A sessão de debates intergovernamentais foi marcada por alertas da comunidade científica e líderes internacionais sobre a necessidade de acelerar a transição para modelos econômicos mais verdes e sustentáveis. As ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas não são mais uma escolha, mas uma responsabilidade coletiva para garantir um futuro habitável para as próximas gerações.

×
×

Cart