Luanda, 26 de setembro de 2024 – Quatro espécies de algas marinhas foram identificadas ao longo da costa de Angola, e algumas delas podem representar um risco para a saúde humana devido à possível presença de toxinas. A descoberta, que causou grande preocupação nas autoridades sanitárias, levou à emissão de alertas para a população.
A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, explicou que as amostras coletadas nas praias de Luanda, Cabinda e Namibe foram enviadas para um laboratório especializado para análise detalhada. No entanto, a ministra alerta a população para não consumir moluscos como os kingoles e mabangas devido ao risco de contaminação até se saber mais.
“Essas espécies de algas possuem a capacidade de acumular toxinas em seus tecidos. Quando os moluscos se alimentam dessas algas, eles também acumulam essas toxinas. Ao consumirmos esses moluscos contaminados, podemos sofrer intoxicação alimentar com sintomas graves, como paralisia e problemas respiratórios”, alertou a ministra.
Causas e impactos
As causas desse fenômeno ainda estão sendo investigadas, mas as alterações climáticas e a poluição das águas são apontadas como os principais fatores. O aumento da temperatura da água superficial, aliado à presença de nutrientes como fósforo e nitrato provenientes de resíduos, cria um ambiente propício para a proliferação dessas algas.
Esse tipo de fenômeno, conhecido como floração de algas nocivas, é cada vez mais comum em diversas partes do mundo. As mudanças climáticas estão intensificando esses eventos, com consequências negativas para a saúde humana, a economia e o meio ambiente.
Recomendações e medidas preventivas
Diante desse cenário, as autoridades sanitárias recomendam que a população evite o consumo de moluscos até que os resultados finais das análises sejam divulgados. Além disso, é fundamental intensificar as ações de monitoramento da qualidade da água e promover práticas de gestão costeira mais sustentáveis.