Numa operação conjunta, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) desmantelou, nesta quarta-feira, uma fábrica clandestina de bebidas energéticas, popularmente conhecida como “Kambucha”, no bairro Chimbicato, distrito urbano de Camama. Quatro indivíduos, dois cidadãos ruandeses e uma cidadã angolana, foram detidos em flagrante delito.
A “Kambucha”, uma bebida de fabricação artesanal, ganhou notoriedade por seus supostos efeitos afrodisíacos e era vendida em cantinas e armazéns da região.
De acordo com o porta-voz do SIC, Manuel Halaiwa, a operação foi possível graças a uma denúncia anónima que apontava para a existência de um local onde eram produzidas e embaladas bebidas energéticas de forma irregular. Após investigações, as autoridades confirmaram a denúncia e realizaram a operação de desmantelamento da fábrica.
No local, foram encontrados diversos equipamentos e ingredientes utilizados na produção da bebida, como garrafas, rótulos e matérias-primas como gengibre, limão, mel e pau-de-cabina. Segundo as investigações, os acusados adquiriam garrafas usadas, as lavavam e as reutilizavam para embalar a bebida, que era posteriormente vendida em cantinas e pequenas lojas da região.
“Há forte suspeita de que muitas destas garrafas vêm da rua, são aqui lavadas, depois voltadas a ser fechadas e embaladas aqui mesmo e depois colocadas em circulação para os operadores económicos”, afirmou Manuel Halaiwa.
Um dos detidos, Ebu Chandi, alegou que a produção da bebida era natural e possuía todos os documentos necessários. No entanto, as autoridades consideram que a produção ocorria em condições insalubres e sem qualquer tipo de licença, representando um grave risco à saúde pública.
Os responsáveis pela fábrica, dois cidadãos ruandeses e uma angolana, foram detidos e acusados de contrafação, atividade económica ilícita e associação criminosa. Os acusados serão apresentados ao juiz de garantia para aplicação das medidas legais cabíveis.