O governo sueco anunciou, recentemente, um novo programa que oferece um incentivo financeiro significativo para imigrantes retornarem voluntariamente aos seus países de origem. A medida prevê o pagamento de 350 mil coroas suecas, equivalente a cerca de 32 milhões de Kwanzas, por cada adulto que aderir ao programa.
Esta iniciativa, apoiada pelo Partido Democratas da Suécia (SD), faz parte de uma estratégia mais ampla do governo para reorientar a política de migração do país. Segundo Johan Forssell, ministro da Migração, o objetivo é oferecer uma nova opção aos imigrantes que desejam retornar ao seu país de origem.
“Estamos tomando novas medidas para reorientar a política de migração”, afirmou Forssell.
Atualmente, a Suécia já oferece um incentivo menor para o retorno voluntário, no valor de 10 mil coroas (cerca de 900 mil Kwanzas) por adulto e 5 mil coroas (cerca de 450 mil Kwanzas) por criança, com um limite de 40 mil coroas (cerca de 3,6 milhões de Kwanzas) por família. No entanto, segundo Ludvig Aspling, deputado do SD, este incentivo é pouco conhecido e utilizado.
“Esse auxílio existe desde 1984, mas é pouco conhecido, é mínimo e poucas pessoas o utilizam”, afirmou Aspling. “Um possível aumento no benefício desse programa poderia atrair centenas de milhares de imigrantes desempregados ou que dependem de auxílios sociais.”
Um relatório governamental publicado em agosto corroborou essa análise, indicando que um aumento significativo do incentivo poderia ser eficaz para atrair mais imigrantes a retornarem voluntariamente. No entanto, o relatório também alertou para os custos envolvidos.
A decisão do governo sueco de aumentar o incentivo para o retorno voluntário ocorre num contexto em que o país enfrenta desafios na gestão da imigração. Em agosto, o governo anunciou que, pela primeira vez em mais de meio século, o número de pessoas deixando a Suécia deve superar o número de imigrantes em 2024.
Esta nova política se insere num programa mais amplo de redução da imigração, que foi uma das promessas de campanha do primeiro-ministro Ulf Kristersson. A Suécia tem recebido um grande número de migrantes desde a década de 1990, principalmente de regiões em conflito como a antiga Iugoslávia, Síria, Afeganistão, Somália, Irã e Iraque.
É importante notar que a Suécia não é o único país europeu a oferecer incentivos para o retorno voluntário de imigrantes. A Dinamarca, por exemplo, oferece 102 mil coroas dinamarquesas ( cerca de 14 milhões de kwanzas), A Noruega, um milhão e trezentos mil kwanzas, França, 2 milhões e seiscentos e a Alemanha oferece, um milhão e oitocentos.