A Centralidade do Kilamba, projetada para ser um modelo de urbanismo moderno em Luanda, enfrenta mais uma vez a grave problemática da falta de água. Há dois dias, os moradores desta urbanização têm vivido a angústia da sede, com as torneiras secas em todos os apartamentos.
A imagem que se apresenta no Kilamba é a de um retrocesso. A centralidade, que deveria ser sinónimo de modernidade e qualidade de vida, encontra-se hoje num cenário que nos transporta para as periferias da cidade, onde a busca por água potável é uma luta diária. Crianças com baldes na cabeça percorrem os blocos em busca do precioso líquido, um quadro que se repete em diversos pontos da urbanização.
As causas desta nova crise hídrica, segundo a Angop, que cita uma nota da EPAL-EP, deve-se a um defeito elétrico na linha de média tensão que alimenta a Estação de Bombagem de Água Bruta do Kilamba, registado na madruga de segunda-feira (16), às 3h00 da manhã.
“EPAL informa que trabalha em conjunto com a ENDE no local para a normalização do sistema o mais breve possível”, escreve a Angop.
Para além do Kilamba, foram afetadas também as zonas do KK 5000, Bairro Bita Vila Flor e arredores.