Quinta-feira, 10 de Outubro, 2024

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Contrabandistas presos em flagrante tentando levar 33.750 litros de gasolina para a Zâmbia

As autoridades angolanas, numa ação do Serviço de Investigação Criminal (SIC), desarticularam uma rede de contrabando de combustível na província do Cuando Cubango. Seis indivíduos foram detidos em flagrante enquanto transportavam 33.750 litros de gasolina em dois caminhões, com destino à Zâmbia.

O combustível, adquirido na cidade de Menongue, estava escondido em 135 bidões de 250 litros cada e foi interceptado na sede municipal do Rivungo. Segundo o diretor adjunto do SIC do Cuando Cubango, Novais Eduardo, os contrabandistas utilizavam uma técnica comum: ao chegarem ao Rivungo, o combustível era transferido para recipientes menores e transportado por via fluvial para o outro lado da fronteira.

“A lei 5/24 de 23 de Abril estabelece a quantidade máxima de combustível que um cidadão pode transportar para uso pessoal. Ao exceder esse limite, estamos a falar de contrabando”, explicou Novais Eduardo.

A operação das autoridades demonstra a crescente preocupação com o contrabando de combustível em Angola. A diferença de preços entre os dois países, com Angola tendo combustíveis mais baratos, torna o negócio bastante lucrativo para os contrabandistas. Além disso, a extensa fronteira fluvial entre Angola e a Zâmbia facilita a ação desses grupos criminosos.

O superintendente-chefe Novais Eduardo destacou que este é o segundo grande caso de contrabando de combustível registado no Rivungo este ano, o que demonstra a persistência desse tipo de crime na região. As autoridades estão intensificando as ações de combate ao contrabando, mas reconhecem a necessidade de uma atuação conjunta com as autoridades zambianas para solucionar definitivamente o problema.

Recentemente, o ministro de Estado e Chefe da Casa Militar da Presidência da República, o general Francisco Furtado, denunciou o envolvimento de altas patentes do exército e da polícia, assim como altos funcionários da administração pública a nível provincial e municipal.

Questionado sobre o que aconteceria com estes oficiais generais e comissários envolvidos no tráfico de combustível, Furtado respondeu dizendo que acontecerá o mesmo que aconteceu com os generais e oficiais comissários que estavam envolvidos no garimpo de diamantes. “Muitos foram levados à justiça e foram julgados, uns acabaram mesmo por perder os seus postos”, esclareceu Furtado.

No sábado (14), durante uma visita de trabalho a província de Cabinda, o porta-voz da Comissão Multissectorial para Acompanhamento e Implementação da Lei sobre o Combate ao Tráfico dos Produtos Derivados, o secretário de Estado para o Interior, o comissário José Cunha, disse que alguns oficiais generais e comissários envolvidos no contrabando de combustível estão a ser investigado para apurar o seu grau de envolvimento. Ainda em Cabinda, Francisco Furtado considerou o contrabando de combustível “uma ameaça a segurança nacional”.

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