Os preços do petróleo dispararam nesta quarta-feira, 11 de setembro, após uma sequência de quedas, impulsionados por dois fatores principais: a aproximação do furacão Francine da costa dos Estados Unidos e a atividade de especuladores no mercado.
O barril de Brent do Mar do Norte, de referência para exportações angolanas, registou um aumento de 2,05%, atingindo os 70,61 dólares por barril. Já o barril de West Texas Intermediate (WTI), principal referência para o petróleo norte-americano, valorizou-se 2,37%, fechando a 67,31 dólares por barril.
Furacão Francine:
O furacão Francine avança pelo Golfo do México, uma região de grande importância para a produção de petróleo nos Estados Unidos. A ameaça de interrupções na produção e no refino de petróleo, devido aos fortes ventos e à possibilidade de danos às infraestruturas, gerou um sentimento de incerteza no mercado e impulsionou a subida dos preços.
Grandes petrolíferas como a BP, ExxonMobil e Chevron já suspenderam parte das suas operações na região, como medida de precaução. No entanto, analistas acreditam que as instalações do Golfo do México poderão resistir sem grandes danos.
Especulação no mercado:
Além do impacto do furacão, a atividade de especuladores também contribuiu para a valorização do petróleo. Após várias semanas de queda dos preços, os operadores financeiros aproveitaram a oportunidade para realizar compras a preços mais baixos, na expectativa de uma futura valorização.
Outros fatores:
Apesar da subida dos preços, o mercado demonstrou pouca reação a um relatório da Agência de Informação sobre Energia dos Estados Unidos (EIA), que indicou uma redução da atividade nas refinarias do país e uma contração da demanda.
AFP
