O Papa Francisco chegou hoje a Singapura para uma visita de 48 horas, na quarta e última etapa da sua viagem pelo sudeste asiático e pela Oceania, de acordo a agência de notícias AFP.
Trinta e oito anos depois de João Paulo II, Francisco chegou pouco antes das 15:00, no horário local, a esta cosmopolita cidade-estado de seis milhões de habitantes, onde deverá encontrar-se com as autoridades na quinta-feira e celebrar uma missa.
Apesar dos problemas de saúde e do ritmo frenético desta viagem, a mais longa e distante do seu pontificado, o Papa tem aparecido até agora em boa forma e sorridente, desafiando as previsões e dúvidas sobre a sua capacidade para assegurar uma viagem tão desafiante.
“É uma viagem muito longa e árdua, considerando a sua idade e o seu estado de saúde”, disse Marcus Voon, um profissional de saúde de 44 anos de Singapura, que planeia assistir à missa no estádio na quinta-feira.
Singapura, um Estado independente desde 1965, um dos mais desenvolvidos da Ásia, nomeadamente em termos industriais e tecnológicos, é alvo de críticas em relação ao respeito aos direitos humanos e pela severidade do seu sistema judicial, que ainda aplica a pena de morte.
A ilha é o lar de uma maioria de chineses e de minorias malaias, indianas e euroasiáticas. Os cristãos representam cerca de 19% da população, sendo a maioria budista.
Embora não esteja livre de racismo e discriminação, Singapura é frequentemente aclamada como um caldeirão cultural com leis permissivas no que diz respeito à religião.
Erik Hon, um budista de de 45 anos, disse estar “encantado” com a visita do Papa, esperando que Francisco “espalhe uma mensagem de amor, paz e unidade por todos os cantos da humanidade”.
Na manhã de hoje, o Papa, de 87 anos, terminou a sua visita de três dias a Timor-Leste com um encontro com jovens na capital Díli, onde foi mais uma vez aplaudido por dezenas de milhares de pessoas reunidas, em euforia, ao longo das estradas.
A sua tão esperada visita a este país 98% católico, que declarou três feriados para a ocasião, culminou na terça-feira com uma gigantesca missa ao ar livre de 2,5 horas diante de cerca de 600.000 fiéis numa vasta esplanada nos arredores de Díli.
Esta deslocação de 12 dias do Papa Francisco terminará na sexta-feira, após uma viagem de 33 mil quilómetros por quatro países (Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura).
Lusa