Os Estados Unidos anunciaram hoje mais um pacote de ajuda militar à Ucrânia, no valor de 250 milhões de dólares, que inclui munições para HIMARS, tanques e projéteis de artilharia de 155 e 105 milímetros.
Estão também incluídos neste novo pacote os mísseis antiblindados Javelin e AT-4, mísseis terra-ar Stinger, munições para armas ligeiras e equipamento de demolição, bem como veículos blindados antiminas, veículos de transporte de pessoal M113, barcos de patrulha e tanques Bradley, adiantou a administração liderada pelo democrata Joe Biden.
Este é o sexagésimo quinto pacote de material militar da reserva do Departamento de Defesa norte-americano atribuído a Kiev desde agosto de 2021.
O Pentágono indicou, em comunicado, que fornece à Ucrânia capacidades adicionais para satisfazer as suas necessidades mais urgentes no campo de batalha contra a Rússia.
O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, avançou hoje esta nova ajuda na base aérea de Ramstein, na Alemanha, na reunião dos ministros da Defesa dos países que prestam ajuda militar à Ucrânia.
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que participou presencialmente pela primeira vez na reunião, instou os aliados ocidentais a acelerarem a chegada do material prometido, bem como a permitirem atacar com estas armas de longo alcance alvos na Rússia.
Mas Austin, que como representante do principal fornecedor de armas à Ucrânia presidiu à reunião, voltou a afastar o pedido que Kiev considera essencial para inclinar a guerra a seu favor.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética – e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
Nas últimas semanas, as tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguiram o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
Lusa