Um fenômeno perturbador tem ganhado destaque em algumas comunidades angolanas: o consumo de carne de cães e gatos. Essa prática, antes inimaginável, está se tornando cada vez mais comum, especialmente entre jovens, e preocupa as autoridades de saúde e líderes comunitários.
Segundo uma reportagem da Rádio Nacional de Angola (RNA), emitida recentemente, em localidades como no Cuanza-Norte, a carne de gato, por exemplo, é preparada e consumida em encontros entre amigos, impulsionada pela curiosidade e pela busca por novas experiências gastronómicas. Já o consumo de carne de cão, além de representar um risco à saúde pública, viola costumes e tradições locais.
Riscos para a saúde e violação de costumes
As autoridades de saúde alertam para os graves riscos associados ao consumo desses animais. A carne de cães e gatos pode transmitir diversas doenças zoonóticas, ou seja, doenças que podem ser transmitidas de animais para humanos. Entre as doenças mais comuns, destacam-se a raiva, a toxoplasmose e a leptospirose. Além disso, essa prática viola costumes e tradições locais, onde esses animais são frequentemente considerados como parte da família ou como protetores do lar.
Falta de legislação e desafios para conter a prática
A ausência de leis específicas que proíbam o consumo de carne de cão e gato dificulta o combate a essa prática. Embora as autoridades de saúde alertem para os riscos, a mudança de hábitos alimentares e a falta de educação sobre o tema representam desafios significativos.
O que dizem os envolvidos
Jovens entrevistados justificam o consumo da carne de gato pela curiosidade e pelo sabor. Já os mais velhos expressam preocupação com a mudança de hábitos e com os riscos à saúde. As autoridades locais apelam à população para que abandone essa prática e aguardam a criação de leis que proíbam o consumo desses animais.
