O secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto Pinto de Sousa, anunciou, esta terça-feira (20), que Angola está prestes a introduzir a vacina contra a malária no seu calendário vacinal. A aquisição da vacina está em fase final e a expectativa é que a sua distribuição comece ainda este ano.
“Estamos em fase de encomenda porque há uma procura muito grande e, naturalmente, temos esta aceitação da parte da fábrica”, afirmou o secretário. Essa medida representa um avanço significativo no combate a uma das doenças que mais afeta a população angolana, especialmente crianças.
Outras medidas de saúde pública
Além da vacina contra a malária, o secretário também abordou outras questões relevantes para a saúde pública em Angola. Ele confirmou que não há casos registados de varíola dos macacos no país, apesar dos casos registados em países vizinhos como a República Democrática do Congo e a República do Congo. O Ministério da Saúde está atento à situação e possui um plano de contingência para prevenir a entrada do vírus em território angolano.
Em relação à campanha de vacinação contra a poliomielite, o secretário destacou o sucesso das duas primeiras fases e anunciou que a terceira fase está prevista para começar na primeira quinzena de setembro. A meta é vacinar todas as crianças entre 0 e 12 anos, tanto dentro quanto fora do sistema escolar.
Desafios e soluções
O secretário reconheceu que a província de Benguela apresenta os maiores desafios em termos de cobertura vacinal e que é necessário intensificar os esforços para melhorar a situação nas províncias do Cuanza Sul e do Cuando Cubango. Por outro lado, as províncias de Namibe e Malanje foram destacadas como exemplos de boas práticas.
Para enfrentar esses desafios, o governo angolano está a investir no reforço das equipas de vacinação e busca melhorar a logística da distribuição das vacinas. O objetivo é garantir que todas as crianças tenham acesso às vacinas e estejam protegidas contra doenças preveníveis.