A capital queniana vive momentos de grande tensão após a fuga de Collins Jumaisi (33 anos), um homem acusado de assassinar 42 mulheres. O suspeito, considerado um “assassino em série, psicopata” pelas autoridades, conseguiu escapar da prisão junto com outros 12 presos, cortando a malha metálica da cela.
Segundo as autoridades, que descreveram Collins Jumaisi como um “assassino em série, psicopata” e um “vampiro”, este confessou ter cometido 42 assassínios de mulheres entre 2022 e julho de 2024, altura da descoberta dos primeiros corpos.
A fuga foi descoberta durante uma ronda de rotina na esquadra de polícia onde Jumaisi estava detido, poucos dias após a descoberta dos corpos de suas supostas vítimas num bairro de lata. A polícia já lançou uma grande operação para capturar o fugitivo e seus cúmplices.
Jumaisi foi detido nas primeiras horas de 15 de julho perto de um bar onde ele estava assistindo à final da Eurocopa 2024.
O chefe da Direção de Investigações Criminais, Mohamed Amin, disse após a prisão que Jumaisi havia confessado o assassinato de 42 mulheres durante um período de dois anos, a partir de 2022, e que sua esposa havia sido a primeira vítima.
Dez corpos femininos mutilados, amarrados em sacos plásticos, foram encontrados num aterro sanitário abandonado na favela de Mukuru, informou a Comissão Nacional de Direitos Humanos do Quênia no mês passado.
O caso choca o país
A notícia da fuga do assassino em série causou grande comoção em todo o Quénia. A descoberta dos corpos das vítimas, encontradas em sacos de plástico num aterro sanitário, já havia chocado o país. A polícia foi duramente criticada por sua ineficiência e por não ter conseguido evitar a fuga do suspeito.
O caso levanta diversas questões sobre a segurança nas prisões quenianas e sobre a capacidade das forças de segurança em lidar com casos de crimes violentos. Além disso, a fuga de Jumaisi e de outros 12 presos coloca em risco a segurança da população e aumenta o temor de novos crimes.
Investigação sobre a fuga
Oito policiais foram detidos e estão a ser investigados por sua possível participação na fuga dos presos. A polícia suspeita que os agentes tenham facilitado a fuga em troca de dinheiro.
A agência oficial de direitos humanos do Quénia e o órgão de vigilância da polícia também estão a investigar o caso, com o objetivo de apurar todas as responsabilidades e garantir que a justiça seja feita.