O comandante da Polícia Nacional em Benguela, comissário Aristófanes dos Santos, nego o envolvimento de agentes da Polícia Nacional, afetos ao Comando Provincial de Benguela, na venda e aluguer de armas de fogos a marginas para a prática de crimes.
Em entrevista à Rádio Nacional de Angola, o comandante garantiu que qualquer agente flagrado nessa prática será expulso da corporação. E encorajou à população denunciar qualquer agente policial envolvido na venda ou aluguer ilegal de armas de fogo.
“Se tiver algum conhecimento deles, ajudem-nos a mandá-los para a rua”, disse Aristófanes dos Santos.
Aristófanes dos Santos ressaltou que a polícia não tolera esse tipo de comportamento e que qualquer denúncia será investigada a fundo. Ele citou casos anteriores em que agentes foram expulsos da corporação por desvios de conduta, como o caso do comandante municipal do Lobito que se tinha apropriado de bens apreendidos.
O comandante também fez um apelo para que a população denuncie qualquer crime, destacando que a polícia precisa da colaboração da comunidade para combater a criminalidade.
Questionado sobre a baixa taxa de criminalidade na província, Aristófanes dos Santos respondeu que se deve a baixa taxa de denúncias, sugerindo que muitos crimes ficam por denunciar.
“Nós temos uma média de oito, nove crimes por dia. Esta é a média de dados dos crimes participados que chegam à polícia. Benguela tem dez municípios, será que em cada município só acontece um crime, em 24 horas? Eu acho que não. Ocorre que, se os dados não chegam à polícia, não é possível a polícia inventar que houve mais crimes”, disse o comissário.