Luanda, Angola – Diante do avanço da varíola do macaco em vários países africanos, incluindo a vizinha República Democrática do Congo (RDC), o Ministério da Saúde de Angola reativou o Plano Nacional de Contingência para o Controlo da Doença. A medida visa implementar ações de prevenção e resposta rápida para lidar com possíveis casos no país.
Atualmente, a varíola do macaco já foi detectada em 10 países africanos, sendo a RDC o mais afetado, com mais de 10 mil casos confirmados. Dada a vulnerabilidade das fronteiras angolanas, que são extensas e próximas à RDC, os membros do Comitê de Gestão Coordenada de Fronteiras estão sendo capacitados em Luanda para fortalecer as medidas de controle.
Até o momento, Angola não registou nenhum caso da doença, seja em humanos ou em animais. No entanto, o Ministério da Saúde, em colaboração com o Instituto de Serviço Veterinário, está a redobrar esforços para prevenir a entrada do vírus no país. “Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para impedir que o vírus atravesse as nossas fronteiras e cause uma crise de saúde pública em Angola”, afirmou um porta-voz do Ministério.
Segundo o ponto focal da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola, a forma mais eficaz de prevenção é evitar o contacto direto com pessoas contaminadas. A varíola do macaco é um vírus com potencial pandêmico, o que tem mobilizado esforços internacionais, incluindo da OMS e da Organização Mundial de Saúde Animal, para prevenir a sua disseminação e desenvolver uma vacina eficaz.
O período de incubação da varíola do macaco varia entre 5 e 21 dias. Historicamente, esta doença está entre as que mais causaram mortes no mundo, o que reforça a urgência das ações preventivas atualmente em curso.
Com a reativação do plano de contingência, Angola espera estar melhor preparada para enfrentar qualquer eventual surto, protegendo a saúde da sua população e controlando o avanço da doença nas suas fronteiras.