Terça-feira, 17 de Setembro, 2024

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Líder da Renamo denuncia intolerância e “bomba-relógio prestes a explodir”

O líder da Renamo, Ossufo Momade, candidato a Presidente da República nas eleições gerais moçambicanas de outubro, apoiado pelo maior partido da oposição, denunciou hoje novos episódios de “intolerância política” e ameaças que constituem “uma bomba-relógio prestes a explodir”.

Líder da Renamo denuncia intolerância e "bomba-relógio prestes a explodir"

O líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), que está em pré-campanha na província de Manica, denunciou hoje que em 06 de agosto, recordando ser o dia em que passaram cinco anos sobre a assinatura do acordo de paz de Maputo, enfrentaram “situações de tentativa de impedimento na acomodação em pensões na vila sede de Dombe”, naquela região do centro do país.

“A justificação dos proprietários das estâncias turísticas foi que recebiam ordens superiores do partido no poder para não hospedar os dirigentes da Renamo. Esta atitude revela uma falta de espírito de coabitação política e intolerância num Estado de direito democrático”, descreveu.

“Repudiamos veementemente esses atos recorrentes e apelamos aos protagonistas para que cessem definitivamente esse comportamento que mina a paz e a reconciliação no país”, acrescentou Momade, que nas eleições gerais de 09 de outubro volta a ser o candidato apoiado pela Renamo a Presidente da República.

Aludindo a “ameaças à paz”, num período que antecede o início da campanha eleitoral em 28 de agosto, alertou que “as fraudes eleitorais, que ciclicamente têm sido protagonizadas pelo partido no poder [Frelimo]”, constituem “sem dúvidas uma bomba-relógio prestes a explodir”.

“O povo não pode ser obrigado a ser governado por um partido que não venceu as eleições”, avisou o líder da Renamo.

Em 01 de agosto de 2019 foi assinado na Gorongosa o Acordo de Cessação Definitiva das Hostilidades Militares, entre o Governo e o líder da Renamo, após anos de conversações, naquela serra no centro de Moçambique, com o histórico líder e fundador Afonso Dhlakama (1953–2018).

Já em 06 de agosto de 2019, em Maputo, foi assinado o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, o terceiro e que agora está a ser materializado, entre o atual chefe de Estado moçambicano e o presidente da Renamo.

Esta semana assinalaram-se os cinco anos da assinatura destes dois últimos acordos, que continuam em vigor e levaram à desmilitarização da Renamo.

Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições presidenciais, que vão decorrer em simultâneo com as legislativas e eleições dos governadores e das assembleias provinciais.

Lusa

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