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Dívida acumulada da LAM caiu quase 6% em 2023 para menos de 100 ME

A dívida da Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) caiu 5,7% em 2023, para 105,9 milhões de dólares (98,7 milhões de euros), segundo o relatório da dívida do Setor Empresarial do Estado (SEE), consultado hoje pela Lusa.

Dívida acumulada da LAM caiu quase 6% em 2023 para menos de 100 ME

De acordo com o relatório, do Ministério da Economia e Finanças, a LAM, em processo de reestruturação, tinha uma dívida total de 112,3 milhões de dólares (104,6 milhões de euros) em 2022 e reduziu o peso, sobre o total da dívida do SEE, para 17,3% no ano passado.

Globalmente, as empresas do SEE moçambicano, entre 18 totalmente detidas pelo Estado ou participadas, acumulavam no final de 2023 um ‘stock’ total de dívida de 612,1 milhões de dólares (570,3 milhões de euros), uma redução de quase 10% no espaço de um ano.

“Note-se que, depois da Rádio Moçambique ter conseguido em 2022 liquidar na totalidade as suas dívidas, em 2023 três outras empresas (Televisão de Moçambique, Correios de Moçambique e DOMUS), liquidaram por completo as dívidas dos seus respetivos balanços patrimoniais”, lê-se no documento.

O ‘stock’ da dívida do SEE era liderado em 2023 pela empresa Aeroportos de Moçambique, com 199,4 milhões de dólares (185,8 milhões de euros), que reduziu quase 1% num ano, com um peso de 32,6% do total, seguida dos Caminhos de Ferro de Moçambique (18,5%), com 113,4 milhões de dólares (105,7 milhões de euros), que reduziu 20,3%, e pela LAM (17,3% do total).

Só estas três empresas acumulavam em dezembro último 70% da dívida direta do SEE moçambicano.

A LAM é liderada há quase dois meses por Theunis Crous, que é também diretor-geral da sul-africana Fly Modern Ark (FMA), nomeada pelo Governo moçambicano em abril do ano passado para fazer a reestruturação da companhia aérea estatal

O Conselho de Administração da LAM anunciou em 28 de fevereiro a cessação de funções do diretor-geral da companhia, João Carlos Pó Jorge, no âmbito das medidas de reestruturação da empresa. No mesmo dia foi substituído por Theunis Crous, que assume a função interinamente até 30 de abril, período previsto para a decisão de renovação do contrato com a FMA, na qual o novo diretor-geral da LAM é sócio e seu diretor-geral.

A LAM opera voos regulares de passageiros para as 10 capitais de província do país e para as cidades moçambicanas de Vilanculos e Nacala. A nível regional voa também para Joanesburgo e Cidade do Cabo (África do Sul), para Dar-Es-Salaam (Tanzânia), Harare (Zimbábue) e Lusaka (Zâmbia), prevendo ainda o lançamento de voos para Lilongwe (Maláui) e Nairobi (Quénia), além do Dubai, China e Índia.

A LAM voa ainda três vezes por semana para Lisboa, desde dezembro passado, o único destino intercontinental que opera atualmente.

Lusa

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