O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Dias, afirmou, esta segunda-feira, em Menongue, capital do Cuando Cubango, que a expansão dos serviços bancários é fundamental por contribuir para uma maior integração e participação da população aos serviços.
Manuel Dias falava à imprensa, no final do encontro de cortesia com o governador do Cuando Cubango, José Martins, no quadro da sua visita de constatação, ajuda e controlo à Delegação Regional do BNA.
O governador do BNA, para quem os níveis de literacia financeira podem ser melhorados com uma maior inclusão financeira, considerou que a expansão dos serviços bancários podem, igualmente, contribuir para a formalização da economia do país e o próprio desenvolvimento económico.
Conforme o gestor, os estudos elaborados ao nível do BNA permitiram concluir que os níveis de literacia financeira, sobretudo por meio da bancarização da população, ainda são extremamente baixos no país, situados na ordem dos 30 por cento.
Estes níveis, explicou Manuel Dias, podem ser melhorados com uma maior inclusão financeira, razão pela qual, a nível do país, se está a trabalhar numa estratégia de inclusão financeira que, nos próximos cinco anos, irá contribuir para uma maior inserção monetária, que também constitui um dos objectivos perseguidos pela instituição, no âmbito do seu plano estratégico para o período 2023/2028.
O governador recordou que, durante muito tempo, o kwanaza foi introduzido como instrumento de pagamento a nível da economia nacional e tem passado por vários períodos, caracterizados por altos e baixos, com alterações inclusive na própria denominação.
Neste quesito, referiu que, apesar dos períodos menos bons que caracterizaram a economia, o kwanza continua a ser considerado “um símbolo nacional, uma moeda com o poder liberatório a nível nacional e aceite por todos os cidadãos do país.
De acordo com Manuel Dias, o compromisso do BNA, enquanto instituição que vela pela estabilidade dos preços na economia, é de tudo fazer para que se possa preservar o valor da moeda nacional.
Questionado sobre a avaliação ao desempenho da moeda e ao que está a ser feito para colocar o kwanza próximo das maiores moedas de circulação no mundo, afirmou que, além do poder liberatório em Angola, a moeda nacional é aceite nos países limítrofes.
“Acreditamos que, com o esforço de todos, quer do BNA quer dos agentes económicos, com mais estabilidade, principalmente nos preços, poderemos ter um kwanza cada vez mais forte e capaz de responder aos anseios da população angolana, principalmente no que diz respeito às funções fundamentais da moeda nacional”, sublinhou.
Sobre o desafio do Executivo angolano em manter a inflação em 15 por cento ao longo de 2024, disse ser uma preocupação de todos, apesar de o BNA ter responsabilidades acrescidas, reiterando que a estabilidade dos preços na economia depende essencialmente do aumento da produção de bens e serviços.
Angop