Terça-feira, 17 de Dezembro, 2024

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Kiev já recebeu 28 aviões de combate, metade fornecidos pela Polónia

As Forças Armadas ucranianas já dispõem de cerca de 28 aviões de combate fornecidos por países ocidentais, 14 dos quais entregues pela Polónia, divulgou hoje a representação polaca na União Europeia (UE).

“Das 28 aeronaves transferidas para Kiev até agora, a Polónia enviou até catorze caças MiG-29”, destacou a delegação polaca junto da UE, numa nota divulgada na rede social Twitter.

Da mesma forma, a representação diplomática polaca vincou que Varsóvia também lidera a ajuda à Ucrânia na entrega de tanques.

Kiev recebeu um total de 575 tanques, dos quais 325 são polacos, de acordo com a mesma fonte.

Depois da Polónia, quem mais forneceu tanques de guerra foram os Países Baixos (85), seguidos da Alemanha (80) e dos Estados Unidos (76).

A maioria destes tanques de combate são Leopards de fabrico alemão e Abrams norte-americanos.

Logo após terem desbloqueado o impasse alemão para o fornecimento dos Leopard, as autoridades ucranianas estabeleceram como objetivo principal que os aliados ocidentais fornecessem aviões de combate para reforçar as suas capacidades aéreas contra a Rússia.

No entanto, por enquanto, apenas a Polónia e a Eslováquia mostraram abertura para essa possibilidade, enquanto os restantes aliados, principalmente os Estados Unidos, se recusaram a entregar os seus F-16, os caças mais modernos e pretendidos pela Ucrânia.

O porta-voz da Força Aérea Ucraniana, Yuri Ignat, lamentou no final de março que os caças MiG-29 que tinham solicitado não correspondessem às suas expectativas e pediu aviões de combate mais modernos e multifuncionais.

A Ucrânia tem recebido armamento e material logístico ocidental incluindo veículos blindados sendo que vários países têm treinado os efetivos ucranianos, tendo em vista uma contra ofensiva ucraniana contra a invasão russa, que tem sido referida nas últimas semanas por fontes de Kiev.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje que os militares ucranianos precisam de mais tempo para prepararem uma contra ofensiva capaz de fazer recuar as forças de ocupação.

Em entrevista à estação de televisão pública britânica BBC, Zelensky considerou que seria “inaceitável” projetar um assalto militar neste momento porque existe o risco da “perda de muitas vidas”.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Lusa

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