A Rússia afirmou nesta quarta-feira (3) que derrubou dois drones ucranianos que tinham o Kremlin como alvo e denunciou uma tentativa de assassinato do presidente Vladimir Putin, a poucos dias do grande desfile militar de 9 de maio.
“Durante a noite, o regime de Kiev tentou atacar o Kremlin (…) com dois drones direcionados contra o Kremlin que foram desativados graças à utilização de sistemas de radar de guerra eletrônica”, afirmou a presidência russa em um comunicado.
“Consideramos estas ações como uma tentativa de ato terrorista e um atentado contra a vida do presidente”, acrescentou o Kremlin, que também informou que o chefe de Estado russo não ficou ferido.
Um vídeo publicado por alguns meios de comunicação russos nas redes sociais mostra uma coluna de fumaça sobre o Kremlin durante a noite. Não foi possível confirmar a autenticidade das imagens com fontes independentes.
De acordo com a presidência russa, “não há nenhuma vítima ou dano provocado pela queda e dispersão dos fragmentos” dos drones sobre o Kremlin.
Alguns drones caíram na região de Moscovo nos últimos meses, mas esta é a primeira vez que um ataque atribuído a Kiev acontece no coração da capital russa, que fica a quase 500 km da fronteira com a Ucrânia.
O governo da Ucrânia negou qualquer envolvimento no suposto ataque denunciado pela Rússia.
“A Ucrânia não tem nada a ver com os ataques com drones contra o Kremlin”, declarou Mikhailo Podolyak, conselheiro da presidência. “A Ucrânia não ataca o Kremlin porque, para começar, isto não resolve nenhum problema militar”, acrescentou.
A tentativa de ataque denunciada pelo Kremlin acontece a poucos dias das comemorações do “Dia da Vitória”, 9 de maio, quando a Rússia celebra a derrota da Alemanha nazista em 1945.
O Kremlin anunciou que o desfile de 9 de maio em Moscovo acontecerá de acordo com o programado, apesar do ataque.
“O desfile vai acontecer. Não há mudanças no programa”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
A prefeitura de Moscovo anunciou a proibição de voos de drones na capital da Rússia.
AFP