As chuvas intensas, que Luanda registou na madrugada de hoje, provocaram a morte a três crianças e deixaram inundadas mais de 1.500 habitações, anunciou o Serviço de Proteção Civil e Bombeiros.
De acordo com os dados, a que agência Lusa teve acesso, duas das mortes foram registadas nos municípios de Belas, no distrito urbano do Cabolongo, sendo vítimas duas menores de cinco e oito anos, arrastadas pela correnteza das águas.
A terceira morte, de uma criança de um ano e meio, foi registada no município de Viana, no bairro da Regedoria, indica-se no balanço.
A tempestade, acompanhada de vento e trovoadas, afetaram 7.935 pessoas, havendo também o registo da queda de oito árvores e de um posto de iluminação.
Numa nota à imprensa, o Governo Provincial de Luanda (GPL) manifestou-se hoje “solidário com os munícipes que enfrentam imensas dificuldades” em consequência das chuvas que se abateram na capital.
Desde setembro de 2022, o GPL está a executar o programa de limpeza e manutenção das valas instaladas nos sistemas de macrodrenagem em toda a extensão da província, de modo a reduzir as inundações nas residências, assim como os impactos dos resíduos sólidos transportados pelas águas da chuva, acrescenta-se no comunicado.
O GPL refere ainda que o início deste programa, há sete meses, “tem permitido, de forma preventiva, uma maior drenagem das águas e mitigar o impacto das chuvas”.
Apelou igualmente a que se evitem construções nas linhas naturais das águas, próximo de locais de risco, não deposição de resíduos em locais impróprios e maior atenção às crianças em períodos chuvosos.
Estão igualmente a ser levados a cabo a remoção de árvores caídas, bem como trabalhos de limpeza e remoção de terras e de lixo transportados pelas águas da chuva em toda a província de Luanda.
Na semana passada, o serviço de bombeiros confirmou a morte de quatro pessoas na sequência de fortes chuvas em Luanda, e o desaparecimento de duas outras, além de inundações, zonas intransitáveis e milhares de pessoas afetadas.
Lusa