O Sindicato dos Professores do Ensino Superior denuncia o aumento dos actos de perseguições contra os sindicalistas com a vandalização ontem da casa do secretário-geral, Eduardo Peres Alberto, e ameaças de morte a sua primogénita: “a próxima vai ser para matar, já não para assustar”.
Em declarações à imprensa, esta terça-feira (11), o secretário de informação do SINPES, António Filipe Augusto, denunciou o aumento de actos de perseguições e intimidações com a quebra de um vidro da residência do secretário-geral do SINPES, Eduardo Peres Alberto, situada na centralidade 5000, no Zango, e ameaças directas de morte a sua filha.
“No âmbito do esclarecimento que este secretariado tem levado a cabo, vem mais uma vez esclarecer a comunidade internacional, nacional e académica, em particular, que ocorreu no dia 10 de abril de 2023, na casa do secretário-geral um acto de vandalização com a quebra de vidro de um dos quartos do seu apartamento”, denunciou António Filipe Augusto.
O caso já é do conhecimento da polícia. E por razões de segurança, a família foi obrigada a abandonar a casa.
“A família foi forçada a abandonar a casa para não prevalecer numa moradia com o vidro do quarto quebrado e por questão de segurança”, disse António Filipe Augusto.
António Filipe Augusto responsabilizou o governo por estes actos de perseguição e intimidação, que na sua óptica transparece ser um acto psicológico de pressão executado por milícias ocultas do governo.
“Vimos mais uma vez, assim chamar a responsabilidade do executivo porque nós não temos a quem indicar o dedo senão ao executivo, e transparece que é um acto psicológico pressão levado a cabo por milícias ocultas do executivo”, disse.
Após terem quebrado o vidro da residência, os indivíduos até aqui desconhecidos, deixaram mensagens claras de morte a filha primogénita de secretário-geral do sindicato.
“A próxima vai ser para matar, já não para assustar”
O secretário para informação do SINPES apelou para se deixar de perseguir pessoas inocentes. Sublinhando que a greve não é um crime com pena de morte e se for o caso os grevistas estão dispostos ao martírio, sem medo e para o bem do ensino no país
“Se a greve em Angola é um crime e tem como sentença a pena de morte então que deixem as famílias dos docentes que estão em greve em paz e condenem a pena de morte os grevistas que são os docentes”.
“Deixem a família em paz”, apelou
António Filipe Augusto relembrou que a “greve não é propriedade privada do secretário-geral, nem tão pouco da equipa negocial ou do secretariado nacional”.
“Nós não temos medo de morrer por uma causa justa, estamos sempre a dizer que a nossa luta é para a melhoria da qualidade do ensino superior em Angola”.
“Se lutar para a melhoria do sistema de ensino em Angola é crime, então que nos matem”, concluiu António Filipe Augusto.