Sexta-feira, 19 de Abril, 2024

Número de mortos no Malaui devido ao ciclone Freddy sobe para 326

O número de mortos no Malaui em consequência da passagem do ciclone tropical Freddy, desde domingo, subiu para 326, anunciou hoje o Departamento de Gestão de Catástrofes (DoDMA).

Em comunicado, o DoDMA refere que desde quarta-feira há ainda registo de 201 desaparecidos e 774 pessoas sofreram vários ferimentos.

O país iniciou hoje 14 dias de luto nacional em memória das vítimas.

Os novos números elevam o número total de mortes causadas pelo Freddy na África Austral para mais de 400, depois de ter atingido repetidamente Moçambique e Madagáscar nas últimas semanas.

Cheias e deslizamentos de terras obrigaram cerca de 183.000 pessoas a abandonar as suas áreas de residência no Malaui, depois do Freddy ter atingido a região sul do país, onde os distritos de Blantyre, Chikwawa, Chiradzulu, Machinga, Mulanje, Neno, Nsanje, Phalombe, Thyolo, Zomba e Mangochi foram os mais afetados.

Blantyre, capital económica do país e segunda cidade do Malaui, foi uma das zonas mais afetadas, ao registar 98 das vítimas mortais.

O Presidente do Malaui, Lazarus Chakwera, visitou hoje o Hospital Central Queen Elizabeth em Blantyre, onde saudou os feridos pelas cheias e deslizamentos de terra e elogiou os trabalhadores da saúde.

Freddy é já um dos ciclones de maior duração e trajetória nas últimas décadas, tendo viajado mais de 10.000 quilómetros desde que se formou ao largo do norte da Austrália em 04 de fevereiro e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral.

O ciclone atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar em 21 de fevereiro e regressou à ilha a 05 de março, onde deixou um rasto de 17 mortos e 300.000 pessoas afetadas.

Em Moçambique, o ciclone, que teve o seu primeiro impacto a 24 de fevereiro e voltou a tocar terra no final da semana passada, causou pelo menos 58 mortos.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o Freddy pode ter quebrado o recorde de duração do furacão John, que durou 31 dias em 1994, embora os peritos da instituição não confirmem este recorde até que o ciclone se tenha dissipado.

Lusa

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