O Presidente sírio, Bashar al-Assad, chegou hoje a Moscovo, onde tem agendado um encontro com o seu principal aliado, o Presidente russo, Vladimir Putin.
A Rússia é uma das maiores apoiantes de Assad e tem uma forte presença na Síria, onde uma revolta se transformou em guerra civil há 12 anos, matando quase meio milhão de pessoas e obrigando metade da população do país antes da guerra a abandonar as suas casas.
Com o seu apoio militar, Moscovo tem desempenhado um papel essencial no combate a grupos armados da oposição que tentam derrubar o Governo de Assad e tem também agressivamente apoiado Damasco contra os países que se lhe opõem nas Nações Unidas.
O Kremlin confirmou hoje que Putin vai reunir-se com Assad na quarta-feira — o aniversário do conflito na Síria -, num comunicado divulgado pela agência estatal russa Tass.
De acordo com o comunicado, “uma maior cooperação russo-síria nas áreas política, comercial, económica e humanitária, bem como perspetivas para uma solução abrangente da situação na Síria e na zona envolvente” estarão na agenda.
Assad foi hoje recebido pelo representante especial de Putin para o Médio Oriente, Mikhail Bogdanov, no aeroporto internacional moscovita de Vnukovo.
Antes do mortal sismo de 06 de fevereiro, que fez 50.000 mortos na Turquia e na Síria, a Rússia estava a mediar negociações entre os dois países afetados.
A Turquia e a Síria estão em lados opostos da guerra civil síria há mais de uma década: Ancara continua a apoiar os grupos da oposição armada que controlam um enclave no noroeste do território sírio.
Em dezembro, Moscovo foi anfitriã de conversações-surpresa entre os ministros da Defesa sírio e turco.
No verão passado, a Síria reconheceu as regiões de Donetsk e Lugansk, situadas no leste da Ucrânia, como entidades independentes e soberanas.
Os vice-ministros dos Negócios Estrangeiros sírio, turco e russo, bem como um conselheiro de topo do seu homólogo iraniano, têm igualmente conversações agendadas para quarta-feira em Moscovo, para discutir “iniciativas de contraterrorismo” na Síria.
Lusa