O Presidente de Portugal afirmou hoje que “não contem com a ideia de dissolver o parlamento”, em resposta ao “coro de críticas em relação à governação”, declarando-se “de uma estabilidade em termos institucionais total”.

Na base está uma crise governamental que surgiu depois de uma dezena de demissões de ministros e secretários de Estado do Governo de António Costa.
Tendo sobrevivido duas moções de censura, a mais recente tem a ver com a demissão de Pedro Nuno Santos, até recentemente ministro das Infraestruturas e da Habitação, devido à indemnização de 500 mil euros, paga pela TAP (que estava sob a sua tutela) a Alexandra Reis, que se demitiu, por essa razão, do cargo de secretária de Estado do Tesouro.
Em declarações aos jornalistas, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que já tinha assumido esta posição recentemente, perante “um crescendo nalguns setores da opinião pública portuguesa no sentido de uma visão crítica culminando inevitavelmente nessa escalada para a dissolução”.
E reiterou-a: “Não, não contem comigo com isso. Portanto, é melhor à partida não contarem. Contam comigo para ter o mesmo comportamento institucional que tive durante sete anos”.
“O Presidente de Portugal, perante aquilo que parecia para muitos um coro de críticas em relação à governação apontando quase para a dissolução, disse: não, não contem com a dissolução. Agora, é fundamental que o Governo governe e governe bem”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Guardião/Lusa