Domingo, 22 de Dezembro, 2024

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Al-Qaida reivendica atentados bombistas de segunda-feira no Mali

A Al-Qaida reivindicou a autoria de dois ataques que mataram pelo menos dois bombeiros e três civis na segunda-feira perto de Bamaco, num comunicado autenticado pelo SITE Intelligence Group, organização não-governamental especializada na monitorização de grupos terroristas.

Os fundamentalistas islâmicos do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, JNIM em árabe), ligado à Al-Qaida, “reivindicam dois ataques simultâneos contra um quartel de bombeiros e uma unidade de proteção ambiental e da floresta, ambos localizados perto da capital do Mali”, lê-se no comunicado.

Os ataques visaram as localidades de Markacoungo et Kassela, situadas no eixo Bamaco-Ségou, no sudoeste do Mali, região onde são relativamente raros.

A Al-Qaida não deu o balanço dos ataques.

O Ministério da Segurança e Proteção civil maliano anunciou na terça-feira que o ataque em Markacoungo tinha provocado a morte de dois bombeiros e três civis.

Vários grupos terroristas operam no Mali, incluindo movimentos ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico.

Além disso, a violência intercomunitária aumentou, num contexto marcado por golpes de Estado em agosto de 2020 e maio de 2021, liderados por Assimi Goita, agora Presidente de transição.

O Mali, liderado por uma junta militar após os dois golpes de Estado, não controla grandes áreas do país, particularmente no norte e no centro, onde a administração central está praticamente ausente.

Os grupos rebeldes presentes no país têm vindo a intensificar os ataques contra a população civil, assim como contra o exército maliano, forças estrangeiras e forças das Nações Unidas.

A junta no poder enfrenta um isolamento internacional crescente.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou, em novembro, o fim da operação Barkhane no Sahel, no meio da retirada das tropas internacionais devido às tensões com Bamaco sobre o seu adiamento das eleições para se manter no poder e o destacamento de mercenários do grupo paramilitar russo Wagner.

Lusa

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