A operadora de telecomunicações Unitel defendeu hoje a descontinuidade dos telefones 2G (segunda geração) no país e aposta em telefones mais evoluídos 4G e 5G, como medida para “acelerar” a inclusão digital e financeira no país.
A posição foi apresentada pelo diretor-geral da Unitel, Miguel Geraldes, operadora agora nacionalizada, considerando que os telefones da rede 2G “fizeram sucesso” junto das pessoas em determinada fase do país.
“Hoje não é suficiente, hoje qualquer tipo de pessoa precisa de ter o acesso vídeo, serviços digitais e o telefone 2G não permite fazê-lo de forma sustentável”, argumentou o responsável.
“Permite fazer de uma forma em USSD [Dados de Serviço Suplementar não Estruturados], o que torna muito difícil que um utilizador pouco letrado consiga fazer o acesso ao serviço”, frisou.
Para Miguel Geraldes, o processo de descontinuar ou banir a comercialização de telefones 2G deve estar associado a um subsídio, por parte dos operadores, de forma que os utilizadores tenham condições de aceder e pagar os telefones da nova geração.
“Quando estamos a falar banir estamos a falar banir a comercialização de telefones 2G, ou seja, as pessoas no futuro não comprem mais telefone 2G e isso é uma maneira depois das pessoas começarem a ter um telefone 4G”, salientou.
O diretor-geral da Unitel prosseguiu: “E para isso é necessário que haja um subsídio da parte do operador que também se permita o acesso a um ‘smartphone’ 4G em que as pessoas tenham acessibilidade”.
“E consigam pagá-lo, portanto, há aqui este balanço entre as duas coisas entre todo o ecossistema”, rematou.
Miguel Geraldes falava à margem da V Conferência sobre Transformação Digital, que decorreu em Luanda, sob o tema “Telecomunicações, Digitalização e Inclusão Financeira”.
Lusa