Quinta-feira, 12 de Dezembro, 2024

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Sindicalista defende manutenção de empregos na banca

O presidente do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola, Filipe Makengo, defendeu, esta quarta-feira, a criação de novas políticas para reduzir o índice de desemprego no sector, como resultado da privatização dos bancos públicos.

Ao intervir numa palestra em alusão ao 14 de Agosto, Dia do Trabalhador Bancário, o responsável disse estar a favor da privatização do sector bancário público, mas sublinhou a necessidade de ter-se em conta o número de desempregados.

“É necessário analisar uma forma de não se mandar muitos bancários e não só para o desemprego”, prosseguiu, sugerindo a criação de medidas para enquadrar os mesmos profissionais em outras áreas, a fim de salvaguardar os seus empregos.

Angola assistiu, nos últimos dois anos, ao processo de venda de activos do Estado, incluindo bancos comerciais, no âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV).

O PROPRIV tem definido, especificamente no segmento financeiro, a alienação das participações nos bancos BAI, Banco Caixa Geral Angola e no Banco de Comércio e Indústria (BCI), além da ENSA – Seguros de Angola.

Noutro domínio, Filipe Makengo afirmou que o sector bancário angolano está em condições de competir com a banca de vários países africanos e de outros continentes.

Segundo a fonte, essa avaliação resulta das medidas e procedimentos que o Banco Central tem vindo a desenvolver nos últimos tempos, deixando a banca mais robusta e a acompanhar a dinâmica e modernização das práticas bancárias universais.

“Vivemos um período de transformação no sector, o que fez com que os bancos se adequassem ao modus operandi da banca”, justificou.

A instalação do primeiro estabelecimento bancário em Angola remonta a 1865.

Tratava-se de uma sucursal do Banco Nacional Ultramarino que, além de exercer funções de banca comercial, era o emissor das notas que circulavam na então colónia.

Segundo dados, a 14 de Agosto de 1926 foi criado o Banco de Angola, instituição que, à semelhança do Banco Nacional Ultramarino, detinha o monopólio da emissão das notas de banco e, até 1956, do comércio bancário em Angola, ano em que surgiu no mercado o primeiro banco comercial – Banco Comercial de Angola.

Só dez anos mais tarde, já depois do início da luta de libertação nacional, começaram a surgir outras instituições de crédito, elevando para cinco o número de bancos comerciais, todas as sucursais ou filiais de bancos portugueses.

Lusa

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