Angola e Moçambique são os países lusófonos que, com outros 10 países africanos, fazem parte da nova Aliança Global para Acabar com a Sida na Infância até 2030, anunciada durante a Conferência Internacional sobre a Sida, em Montreal, Canadá.
A parceria, promovida pelo Programa das Nações Unidas para o VIH/Sida (ONUSIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) visa acabar com a sida nas crianças e assegurar que nenhuma criança que viva com o VIH seja privada de tratamento, até 2030.
A nível mundial, apenas metade (52%) das crianças que vivem com o VIH recebem tratamento que salva vidas, uma percentagem muito inferior aos adultos (76%).
O estabelecimento da nova Parceria Global para Acabar com a Sida na Infância até 2030 foi anunciado por figuras de destaque na Conferência Internacional sobre a Sida em Montreal, Canadá.
A parceria também conta com organizações da sociedade civil, tais como a Rede Global de Pessoas a Viver com o VIH, governos nacionais dos países mais afetados e parceiros internacionais.
Aderiram a esta aliança 12 países: Angola, Camarões, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Quénia, Moçambique, Nigéria, África do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabué.
“Nenhuma criança deve nascer ou crescer com VIH e nenhuma criança com VIH deve ficar sem tratamento”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
“Que apenas metade das crianças com VIH receba antirretrovirais é um escândalo e uma mancha na nossa consciência coletiva. A Parceria Global para Acabar com a Sida nas Crianças proporciona uma oportunidade de renovar o nosso compromisso com as crianças e as suas famílias para se reunirem, para falarem e agirem com um objetivo comum e em solidariedade com todas as mães, crianças e adolescentes”, acrescentou.
Lusa