Os crimes ocorridos no país, no primeiro trimestre de 2022, registaram uma diminuição em 409 casos, comparativamente ao período homólogo de 2021.
O facto foi tornado público este sábado, em Luanda, durante o Conselho Consultivo Alargado do Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Acrescenta ainda que, no período em referência, houve o registo de 15 mil e 886 crimes diversos.
Destes, 852 foram ilícitos de natureza económica, o que equivale a 5,4 porcento do total dos crimes cometidos em Luanda, Benguela e Huíla.
O SIC anunciou que registou, diariamente, neste período, em todo o país, 176 crimes diversos, destacando-se os de âmbito económico, assaltos à mão armada, homicídios, violações sexuais e agressões físicas.
Já em 2021, a instituição registou e encaminhou ao Ministério Público 66 mil e 12 crimes diversos, dos quais quatro mil e 357 são económicos, num registo de 180 crimes diários e, destes 64 por cento foram esclarecidos, com 44 mil e 754 cidadãos detidos nos crimes cometidos nas províncias de Luanda, Benguela e Huíla.
O director-geral do SIC, António Paulo Bendje, exortou aos efectivos do orgão para um maior dinamismo, celeridade e criatividade no exercicio das suas actividades.
“A investigação criminal deve ser amiga dos princípios da celeridade, da economia processual, da autonomia investigativa e da delimitação de competências, em razão da matéria e do território”, sublinhou o comissário chefe.
Falando da importância da informação rigorosa no processo investigativo, António Paulo Bendje disse que o ciclo de produção de provas deve ser realizado com alto sentido de responsabilidade e celeridade, visto que “o cidadão que presta a informações deve ser tratado com parcimónia e a ele deve ser garantida segurança”, lembrou.
O VII Conselho Consultivo do Serviço de Investigação decorreu de 9 a 11 de Junho e analisou temas como o Pacote Legislativo do SIC, a Gestão dos Recursos Humanos, das Infraestruturas, dos Meios de Mobilidade Operativa, Infraestruturas de Comunicação e Informação, bem como a Implementação do Laboratório de Genética Forense, a ser introduzido brevemente no país para facilitar o esclarecimento de crimes.
Sob o lema “Por um Serviço de Investigação Criminal Mais Actuante no Combate à Criminalidade e na Valorização dos Direitos Humanos”, a cerimónia de abertura esteve à cargo do ministro do Interior, Eugênio Labourinho, que manifestou preocupação também sobre os crimes económicos no país.
Participaram do evento os delegados provinciais do SIC, o secretário de Estado do Interior, José Bamokina Zau, o segundo comandante-geral da Polícia Nacional, comissário chefe Domingos Ferreira de Andrade, e efetivos do SIC.
Angop