O médio Bruno Fernandes disse hoje que na seleção portuguesa de futebol “tem de fazer o que o jogo pede” e adaptar-se às situações, sendo, por isso, mais difícil “marcar golos em todos os encontros”.
Na conferência de imprensa de antevisão do jogo com a Suíça, da segunda jornada do Grupo A2 da Liga das Nações, o médio do Manchester United foi questionado sobre os altos e baixos no que diz respeito ao rendimento na equipa das ‘quinas’.
“Tenho sido convocado sempre, tenho feito parte de praticamente todos os jogos. Acho que o ‘mister’ tem gostado do que eu tenho vindo a fazer, caso contrário não seria aposta. Sei que no Sporting tive um padrão de números muito alto e no Manchester United também. Sei que as pessoas esperam que eu chegue aqui e faça golos em todos os jogos, mas estou aqui para fazer o que o jogo pede”, explicou o habitual titular de Fernando Santos.
E prosseguiu com a explicação, lembrando que a sua função em campo muda consoante o adversário e a estratégia delineada.
“Há jogos em que tenho de atacar mais, há outros em que tenho de defender mais, ser mais livre. Não podemos pensar que chegamos aqui e que o ‘mister’ tem de fazer com que todos se sintam à vontade dentro de campo”, apontou.
Sobre o calendário exigente da terceira edição da competição continental de seleções, o médio de 27 anos disse que os jogadores são uns “privilegiados e que têm de estar ao seu melhor nível”.
“Não somos nós que tomamos as decisões, somos uns privilegiados por estar aqui a representar a seleção. É um orgulho enorme para todos, mas se queremos os jogadores ao mais alto nível, temos de dar o descanso certo. Ninguém se desculpa com isso aqui na seleção, que está cansado ou que não quer jogar. Temos de aproveitar a oportunidade que muitos não têm e estar ao nosso melhor nível”, argumentou.
Depois do empate a um golo em Sevilha, contra a Espanha, a Suíça é o adversário que se segue, com “jogadores muito agressivos e fortes no meio-campo”, pelo que é necessário “tomar decisões curtas e rápidas no momento”.
“Não acho que haja um jogador que seja mais perigoso. A Suíça é forte pelo seu coletivo, não há ninguém que tenhamos de temer individualmente”, concluiu.
Com o empate de quinta-feira, Portugal e Espanha somam um ponto cada, enquanto a República Checa lidera o grupo, com três, após o triunfo por 2-1 na receção à Suíça, próxima adversária da equipa das ‘quinas’.
A partida está agendada para domingo, a partir das 19:45, no Estádio José Alvalade, e será dirigida pelo israelita Orel Grinfeld.
Após o encontro com os suíços, Portugal volta ao mesmo palco, em 09 de junho, para medir forças com a República Checa, seguindo depois para Genebra, onde irá atuar no dia 12, naquele que será o segundo embate com os helvéticos.
A fase final da Liga das Nações realiza-se de 14 a 18 de junho de 2023, com os vencedores dos quatro grupos da Liga A, sendo que os últimos de cada um dos agrupamentos descem à Liga B.
Lusa