A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em julho acabou hoje no mercado de futuros de Londres em baixa de 3,28%, para os 102,46 dólares, depois de na véspera ter perdido 5,81%.

O crude do Mar do Norte, de referência para exportações angolanas, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar 3,48 dólares abaixo dos 105,94 com que fechou as transações na segunda-feira.
O mercado continua volátil dados os receios com a redução da procura na Chia, devido às restrições para combater o surto do novo coronavirus, e às incertezas em relação à oferta, resultantes da invasão russa da Ucrânia.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, defendeu hoje a importância do embargo ao petróleo russo por parte da União Europeia, uma vez que iria “golpear o coração do financiamento da máquina de guerra do Kremlin”.
Porém, a elevada dependência do petróleo russo por parte de Estados como Hungria, Eslováquia, Bulgária e República Checa impede por enquanto um acordo na União Europeia sobre esse embargo.
Ao mesmo tempo, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos rejeitaram hoje, em seu nome, da OPEP e dos seus aliados exportadores de petróleo, como a Federação Russa, qualquer responsabilidade pela subida dos preços dos combustíveis, que se tem verificado, atribuindo-os a “outros fatores”, como a invasão russa da Ucrânia, a falta de investimento e o sistema fiscal “em alguns países”.
Os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os 10 aliados, juntos na designada OPEP+, mantiveram inalterada, no início de maio, a decisão de um modesto aumento mensal da produção, em 400 mil barris, no quadro de um plano aprovado em 2021, ignorando as pretensões de Washington e Bruxelas para um aumento que travasse a subida dos preços.
Lusa