Segunda-feira, 23 de Dezembro, 2024

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Coreia do Norte promete reforçar capacidade nuclear

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, prometeu aumentar a capacidade nuclear do país, durante um desfile militar na capital, Pyongyang, para marcar o 90.º aniversário das forças armadas da Coreia do Norte.

Segundo a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA, Kim disse que o país “continuará a tomar medidas para reforçar e desenvolver as suas forças nucleares ao ritmo mais rápido possível”.

“Com vista a um contexto político e militar turbulento e a várias crises que estão por vir”, as armas nucleares são “um símbolo do poder nacional” e devem ser diversificadas, defendeu o líder norte-coreano.

Kim acrescentou que, embora as armas nucleares tenham sobretudo um papel dissuasor, podem ser utilizadas se os “interesses fundamentais” da Coreia do Norte forem ameaçados.

A KCNA não divulgou até ao momento imagens do desfile militar, mas disse que o míssil balístico intercontinental Hwasong-17 foi exibido, levando “os espetadores a soltarem altos gritos de alegria”.

A Coreia do Norte afirma ter lançado pela primeira vez o Hwasong-17 em março, um míssil apresentado em 2020 e que terá um alcance de 15 mil quilómetros.

Os desfiles militares na Coreia do Norte são uma forma recorrente de assinalar datas importantes para o regime de Pyongyang.

Participam normalmente nestas paradas milhares de soldados, seguidos por um desfile de tanques e outros equipamentos militares.

Os observadores internacionais seguem atentamente estes desfiles à procura de indícios de novo armamento desenvolvido pela Coreia do Norte.

Várias fontes governamentais anónimas disseram à agência noticiosa Yonhap, da Coreia do Sul, no fim de semana, que esperavam que fosse “o maior desfile militar de sempre”, envolvendo cerca de 20.000 soldados.

A Coreia do Norte já realizou mais de uma dúzia de testes de armas este ano, incluindo o disparo de um míssil balístico intercontinental.

Analistas norte-americanos e sul-coreanos advertiram que a Coreia do Norte poderia também retomar os testes nucleares, que não faz desde 2017, atendendo ao aumento da atividade detetada nos locais de testagem militar.

Lusa

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