Sábado, 27 de Julho, 2024

CEDEAO não impõe sanções ao Burkina Faso mas pede “transição curta”

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu hoje não impor sanções ao Burkina Faso pelo golpe de Estado do passado dia 24 de janeiro, mas pediu uma “transição curta” e a libertação do deposto Presidente Roch Kaboré.

“Vamos dar-lhes uma oportunidade”, declarou à imprensa a ministra dos Negócios Estrangeiros do Gana, Shirley Ayorkor Botchwey, no final da segunda cimeira extraordinária da CEDEAO para examinar o golpe no Burkina Faso, realizada hoje em Acra.

A CEDEAO tinha já realizado uma cimeira extraordinária a 28 de janeiro, para analisar a situação após o golpe perpetrado quatro dias antes, na qual os seus líderes decidiram suspender a participação do país nas suas instituições e enviar duas missões – uma militar e uma ministerial – à capital daquele Estado, Ouagadougou, para falar com os autores do golpe de Estado.

Os militares tomaram o poder no Burkina Faso, no dia 24 de janeiro, após um tiroteio do dia anterior em vários quartéis, em Ouagadougou e outras cidades, incidentes que foram inicialmente descritos como um alegado motim para exigir melhoria das condições nas Forças Armadas.

O golpe foi confirmado depois de membros da junta militar terem aparecido na televisão estatal RTB a anunciar que tinham deposto o Presidente Roch Kaboré, bem como outras medidas, tais como a dissolução do governo e do parlamento e a suspensão da Constituição (que foi parcialmente restaurada a 31 de janeiro).

Na reunião extraordinária de hoje, os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO têm previsto também examinar os desenvolvimentos na Guiné-Conacri e no Mali.

Lusa

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