Segunda-feira, 25 de Agosto, 2025

O seu direito à informação, sem compromissos

Pesquisar

A partir de amanhã passa a ser obrigatório o certificado de vacinação para o acesso aos serviços públicos

Começa a partir de amanhã, sexta-feira 15, em todo o país, a vigorar a obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinas para aceder a locais públicos, nomeadamente restaurantes e instituições públicas, entre outros.

Os utentes não vacinados estarão sujeitos à várias restrições, como acesso aos serviços públicos e outros.

Esta medida vem estampada no novo decreto presidencial que mantém a situação de calamidade pública, apresentado em 30 de setembro de 2021.

Na altura, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, disse que a partir de 15 de outubro é obrigatório a apresentação do certificado de vacinação para funcionários públicos no geral, para acesso a restaurantes, estabelecimentos de ensino, reuniões e atividades em espaços fechados, atividades recreativas em geral.

Nesse sentido, a partir de 15 de outubro, as autoridades sanitárias recomendam a vacinação para todos os cidadãos, exceto menores de 18 anos, com destaque para certos grupos profissionais, nomeadamente funcionários públicos em geral, todos os que prestam serviço diretamente ao público (motoristas, taxistas e moto-taxistas, bem como outros que têm contacto com terceiros).

“A partir do dia 15 de outubro o certificado de vacinação passa a ser condição de acesso a vários serviços”, disse Adão de Almeida, acrescentando que em alternativa pode ser apresentado o teste negativo de covid-19, com validade para apenas uma semana.

Por sua vez, o presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola, Adriano Manuel, defende a vacinação obrigatória contra a covid-19, porque o país não tem capacidade de resposta para um quadro de descontrolo da doença.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola, em entrevista à Lusa em 1 de outubro, em muitos países onde já se cumpriu entre 70 e 80% de vacinação da população diminuiu substancialmente a mortalidade, independentemente dos efeitos colaterais da vacina.

“Os estudos referem que nos países que vacinaram houve uma elevada diminuição do índice de mortalidade, que é o caso de Espanha, Itália, Portugal, provavelmente daí que o Governo tomou a decisão de que todo o mundo tem que apanhar a vacina”, frisou.

Para Adriano Manuel “há vantagens desta vacina”.

“Eu pessoalmente tive covid e tinha as duas doses de vacina e a gravidade não foi grande, não precisei de estar hospitalizado, conheço outras pessoas vacinadas que tiveram covid e a gravidade também não foi grande. São raros os casos que temos pessoas que foram vacinadas – existem também, mas são muito raros — e chegaram a um quadro grave da doença. Então temos que olhar para os prós e contras. Nesta altura é muito mais vantajoso termos a vacina”, considerou.

De acordo com a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, o Governo pretende vacinar 60% da população elegível do país (cidadãos com mais de 18 anos) contra a covid-19 até dezembro próximo, ou seja, 7,8 milhões de habitantes maiores de 18 anos.

Para o alcance da meta, Sílvia Lutucuta referiu que as autoridades sanitárias precisam de imunizar diariamente 100.000 pessoas, exortando os cidadãos a aderirem aos postos de vacinação em “cumprimento do dever cívico e patriótico”.

Devido a esta medida, tem se registado nos últimos dias uma grande enchente nos postos de vacinação, com alguns a funcionarem até às 22 horas.

×
×

Cart