Sexta-feira, 22 de Novembro, 2024

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Presidente do Brasil diz que conta com “novos estudos” para recusar vacina

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse estar a usar “novos estudos” para não se vacinar contra a covid-19, garantindo ter uma proteção contra a doença porque já foi infetado e a sua imunidade “está no topo”.

O Guardião

“Em relação à vacina, decidi não tomá-la. Estou vendo novos estudos”, afirmou Bolsonaro, em declarações à emissora de rádio Jovem Pan na noite de terça-feira e reproduzidas hoje pelos ‘media’ locais.

“Por que vou tomar vacina? Seria o mesmo que jogar 10 reais na lotaria para ganhar 2”, insistiu.

As declarações do Presidente brasileiro seguem a linha negacionista que mantém desde o início da pandemia do novo coronavírus num país que tem o segundo maior número de mortes por covid-19, depois dos Estados Unidos da América.

A covid-19 já causou mais de 600.000 mortes no Brasil e foram infetadas 21,6 milhões de pessoas.

Ao contrário de seu Presidente, 70% dos brasileiros já receberam a primeira dose da vacina e 47% têm o esquema vacinal completo.

Jair Bolsonaro não especificou a quais “novos estudos” se referia para descartar tomar a vacina contra o novo coronavírus, mas reiterou que o facto de ter sido infetado garante que tenha anticorpos suficientes, ao contrário da opinião dos especialistas.

Em declarações anteriores, Bolsonaro, de 66 anos, disse que seria o último brasileiro a ser vacinado contra a doença, opinião que parece ter mudado agora ao afirmar que não se vacinará.

No entanto, a sua mulher, Michelle Bolsonaro, recebeu recentemente a vacina contra a covid-19 nos Estados Unidos, o que gerou críticas no Brasil por recorrer ao sistema de saúde de outro país.

“Para mim, a liberdade vem em primeiro lugar. Se um cidadão não quer ser vacinado, é seu direito e não existe mais”, insistiu Bolsonaro.

A covid-19 provocou pelo menos 4.861.478 mortes em todo o mundo, entre mais de 238,59 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Lusa

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