Domingo, 22 de Dezembro, 2024

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Cuba acusa Senado dos EUA de “agressão” por emenda sobre internet

Cuba acusou o Senado dos Estados Unidos de “agressão” nesta quinta-feira (12) por permitir que o governo de Joe Biden forneça acesso à internet aos cubanos, uma medida para contornar um possível apagão digital.

“Denuncio a agressão do Senado dos Estados Unidos por meio de uma emenda sobre a internet em Cuba, que contribui para o lucrativo negócio de sua máquina político-subversiva na Flórida”, disse o chanceler Bruno Rodríguez no Twitter.

Rodríguez destacou que o “bloqueio” dos Estados Unidos, intensificado sob os governos de Donald Trump e Biden, “é o obstáculo fundamental ao acesso livre e soberano do povo cubano à internet”.

O Senado dos Estados Unidos aprovou na terça-feira uma emenda do senador cubano-americano Marco Rubio (republicano da Flórida), que cria um fundo para desenvolver e implantar a tecnologia existente com o objetivo de fornecer internet aos cubanos.

Na mesma linha, os departamentos de Tesouro e Comércio dos Estados Unidos divulgaram um informativo na quarta-feira detalhando as etapas para o licenciamento de serviços de internet e telecomunicações relacionados a Cuba.

Durante os protestos históricos que abalaram a ilha em 11 e 12 de julho, o governo cubano paralisou os aplicativos e os serviços de conexão por cerca de cinco dias.

O presidente Joe Biden anunciou então que seu governo estava estudando como poderia restaurar a conexão.

Suas declarações foram seguidas pelas de Rubio e do governador da Flórida, Ron DeSantis, que propôs a implantação de satélites, balões e pontos de acesso em alto mar para uma conexão sem restrições.

Como candidato, Biden fez questão de suspender as restrições às remessas, a segunda fonte de receitas de Cuba depois da exportação de serviços médicos.

Mas, longe de reverter essa e outras sanções de Trump, o presidente dos Estados Unidos aderiu à política de endurecimento do embargo, em vigor desde 1962.

Trump, que chegou ao poder em 2017, apagou a reaproximação à ilha que o ex-presidente democrata Barack Obama havia promovido desde 2015, quando Biden era vice-presidente.

AFP

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