A Procuradoria-Geral da República (PGR), na Província do Cuando Cubango, deteve um funcionário do Banco de Poupança e Crédito (BPC) suspeito de integrar um esquema fraudulento, em que está, supostamente, envolvido o antigo responsável da Casa de Segurança do Presidente da República no Cuando Cubango, coronel Manuel Correia e o presidente do clube de futebol do Cuando Cubango, Atanásio Lucas José, detidos recentemente no âmbito do caso Lussati.

Sobre o funcionário bancário, cujo identidade não foi revelada, pesam acusações de recebimento indevido de vantagens. Por sua vez, a PGR garante que as investigações no âmbito da Operação Caranguejo, no Cuando Cubango, continuam em curso.
Recorde-se que no âmbito da Operação Caranguejo, a PGR deteve mais de 20 oficiais, entre os quais o comandante da Casa de Segurança do Presidente da República no Cuando Cubango, o presidente do Cuando Cubango Futebol Clube, capitão Atanásio Lucas José, e seis oficiais ligados à área de pessoal e quadros.
A PGR anunciou a 24 de maio passado que foi aberto um processo que envolve oficiais das Forças Armadas Angolanas afetos à Casa de Segurança do Presidente da República, por suspeita do cometimento dos crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa e outros.
A nota da PGR frisava que no âmbito do referido processo foram apreendidos valores monetários “em dinheiro sonante, guardados em caixas e malas, na ordem de milhões, em dólares norte-americanos, em euros e em kwanzas, bem como residências e viaturas”.
O chefe das finanças da banda musical da Presidência da República, major Pedro Lussati, terá sido detido em posse de duas malas com dez milhões de dólares e quatro milhões de euros, supostamente a tentar sair do país.
Na sequência da investigação, o Presidente da República exonerou sete oficiais da sua Casa de Segurança e demitiu o responsável máximo e ministro de Estado, Pedro Sebastião.