Quinta-feira, 7 de Agosto, 2025

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Governo procura uma melhor plataforma para financiar micro-empreendedores

O Governo angolano está a procura de uma melhor plataforma para fazer chegar os recursos disponíveis da segunda fase de operacionalização da linha de financiamento de microcrédito das “Medidas do Alívio Económico” aos empreendedores de todo país, informou hoje o secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João.

Mário Caetano João, que falava no habitual briefing com a imprensa, disse que não está satisfeito com a distribuição territorial dos projectos financiados através das sociedades de micro-créditos que receberam dois mil milhões de kwanzas na primeira fase, sendo necessário melhorar a actuação para os outros dois mil milhões para a segunda fase.

“A primeira fase está praticamente concluída, mas não estamos satisfeitos com a distribuição territorial. Temos uma província que não viu um único kwanza de micro crédito”, lamentou.

Disse que foram registados cinco pedidos de crédito num valor de Kz 22 milhões.

Mário Caetano João adianta que, desde a operacionalização da linha de financiamento de microcrédito das Medidas do Alívio Económico, foram registados 2 387 pedidos num valor aproximado de 5,6 mil milhões de kwanzas.

Informou que o produto financeiro “Decreto Presidencial 98/20” já permitiu a formalização de 1 322 micro e pequenas empresas, sendo que até ao final de 2022 a meta prevista no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) é de dois mil micro-empreendedores.

Para este ano, a programação é de 750 micro-empreendedores formalizados, sendo que em 2021 já foram formalizados 1 072.

Por outro lado, fez saber que, em relação aos Agentes Municipais de Apoio ao Produtor (AMAP), foram formados 930 agentes, que estarão encarregues de fazer o registo dos produtores a nível nacional.

Já no âmbito do Programa de Capacitação às Cooperativas, Mário Caetano João adiantou que na última semana foram desenvolvidas 224 acções de capacitação.

Quanto ao Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi), adiantou que na última semana foram reportados três novos projectos aprovados em carteira do Banco BIC, BFA e BMA.

De acordo com o responsável, com esses três projectos, encontram-se em negociação na banca 80 projectos nos seguintes instrumentos financeiros:  “Aviso 10/20 do BNA” com 57 e “PAC” com 23 projectos.

Lembrou que, desde 2019, os instrumentos e produtos financeiros ao dispor do Prodesi viabilizaram a aprovação de 792 projectos, perspectivando aproximadamente 51 mil postos de trabalho.

No domínio do acesso ao mercado interno, adiantou que decorre o cadastramento dos produtores no Portal da Divulgação da Produção Nacional (PPN), sendo que em termos acumulados, desde a sua operacionalização, o Portal comporta 12 964 produtores nacionais, mais 61que na semana passada.

Quanto ao registo dos dados por categoria, no PPN constam os cereais (7.293), leguminosas e oleaginosas (5.787), raízes e tubérculos (5.840), hortícolas (4.745), frutas (2.273), indústria alimentar (919), agricultura diversos (741).

 Constam igualmente as pescas com (604), indústria diversa (314), turismo (184), indústria de construção (208), indústria –higiene e limpeza (126), indústria –recursos naturais (111), apicultura (83), salinicultura (58), indústria – vidro (33), e indústria – têxtil, vestuários e calçados (32).

 Em relação ao número de produtores registados no PPN por produtos prioritários no sector primário Mário Caetano João diz que constam o milho com (6.849), feijão (5.262), banana (1.364), soja (792), citrinos (705), cana-de-açúcar (420), arroz (370), cacusso (339), pesca marítima (295), café (328), ovos (225), abacate (198), palmeira dendém (50) e algodão (12).

Angop

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