Quinta-feira, 12 de Dezembro, 2024

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Ex-ministra do Trabalho moçambicana libertada sob termo de identidade e residência

A ex-ministra do Trabalho de Moçambique Helena Taipo foi hoje libertada sob termo de identidade e residência, dois anos após ter sido detida num caso de corrupção, disse à Lusa fonte próxima da antiga governante.

O Guardião

Helena Taipo, ministra do Trabalho entre 2005 e 2015, encontrava-se em prisão preventiva desde abril de 2019 no Estabelecimento Preventivo da Cidade de Maputo, por suspeitas de recebimento de subornos no valor de 100 milhões de meticais (1,4 milhões de euros), em 2014.

Os alegados subornos correspondiam a contrapartidas pelo favorecimento de empresas de construção civil e do setor gráfico em contratos com o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), entidade que a então ministra tutelava.

Além do caso de alegados subornos no INSS, a antiga ministra é também acusada num outro processo, com mais 11 suspeitos, de alegado envolvimento no desvio do equivalente a 113 milhões de meticais (cerca de 1,6 milhões de euros) das contas da Direção do Trabalho Migratório (DTM).

De acordo com uma acusação do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCC), o dinheiro foi usado para a compra de imóveis, viaturas, cabazes de alimentos e bebidas alcoólicas.

Uma parcela do montante desviado era de taxas que as companhias mineiras sul-africanas pagam ao Estado moçambicano pela contratação de mão-de-obra nacional.

Além de ter sido ministra do Trabalho, Helena Taipo foi embaixadora de Moçambique em Angola e governadora da província de Sofala, centro do país.

Lusa

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