As obras do Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD) paralisadas, desde 2017, poderão retomar em Agosto próximo, após a avaliação das propostas dos concursos de engenharia de construção e instalação.
O presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Martins, em declarações à ANGOP, nesta quinta feira, disse que nove empresas nacionais e estrangeiras concorrem à empreitada e outras quatro para o lado da fiscalização.
Sebastião Martins falava à ANGOP, à margem da assinatura do Memorando de Entendimento entre Angola e Zâmbia que vai permitir estudos que levem à implantação de pipelines (oleoduto) de multi-produtos refinados e gás, entre Lobito (Benguela) e Lusaka.
O empreendimento – Terminal Oceânico da Barra do Dande, foi visitado pelo ministro da Energia da Zâmbia, Matheu Ukuwa, que esteve em Luanda, desde a manhã, desta quinta-feira.
Numa primeira fase, o Terminal terá a capacidade de 580 mil metros cúbicos de armazenamento de derivados de petróleo.
” Estamos a reiniciar o TOBD, depois de uma interrupção, em 2017. A zona é estrategicamente bem localizada e vai servir, a exemplo da futura Refinaria do Lobito, onde sairá o pipeline Angola-Zâmbia, para armazenar produtos refinados para a distribuição interna e para o terminal do Lobito, escoando de lá para a Zâmbia”, explicou o PCA da Sonangol à comitiva zambiana, durante a visita ao terminal.
A conclusão do TOBD, prosseguiu Sebastião Martins, está prevista para 2022.
A infra-estrutura está localizada na futura zona franca da Barra do Dande e potencializará o país como um hub regional de armazenamento e comercialização de produtos derivados do petróleo.
No quadro deste projecto, a Sonangol lançou, no dia 28 de Janeiro deste ano, o concurso público para a contratação de serviços de Engenharia, “Procurement”, Construção e Comissionamento (EPCC), e de financiamento para a conclusão do referido projecto.
O Terminal Oceânico da Barra do Dande é um projecto estratégico do Executivo angolano, inserido no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.
O mesmo visa contribuir para o aumento da capacidade de armazenamento nacional em terra, dotando o país de infra-estruturas de grande porte, capazes de assegurar uma robusta reserva estratégica e de segurança nacional bem como melhorar a logística de distribuição de produtos refinados para o interior do país.
De acordo com Mathew NKUWA, que foi ao Bengo em companhia do secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, o seu país há 10z anos que trabalha para rubricar o referido Memorando com Angola, no domínio dos derivados de petróleo e gás.
“O acto vai reforçar os laços entre os dois países e povos, incentivrá o comércio regional, facilitará a troca de recursos entre Angola e Zâmbia e criará oportunidades de trabalho nos dois países”, afirmou o governante zambiano.
Fonte: Angop