A Procuradoria-Geral da República (PGR) negou, esta segunda-feira, ter recebido das autoridades judiciais portuguesas uma lista descriminada de fortunas de cidadãos angolanos domiciliadas em Portugal, revela o Jornal de Angola
De acordo com o procurador-geral da República, Hélder Pitta Grós, citado pelo Jornal de Angola, “até ao presente momento a PGR não recebeu qualquer lista com este teor.”
Em causa está uma notícia veiculada pelo Jornal português “Correio da Manhã”, segundo a qual as autoridades judiciais portuguesas, através do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), entregou, na semana passada, a sua congénere angolana uma lista de personalidades angolanas que têm fortunas escondidas em Portugal.
As listas, que constam de um relatório, têm mais de sete mil páginas e incluem detalhadamente todos os bens que existem em Portugal, com destaque para contas bancárias, aplicações financeiras em fundos de investimento, ações de várias empresas cotadas e não cotadas, imóveis e participações sociais.
Supostamente, as listas contêm nomes de dezenas de cidadãos angolanos com destaque para familiares e colaboradores diretos do antigo presidente José Eduardo dos Santos, nomeadamente: Isabel dos Santos, Tchzé dos Santos, Zenu dos Santos, Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, general Leopoldino do Nascimento “Dino” e ex-vice-Presidente da República, Manuel Vicente.