Duzentas e cinco toneladas de bens alimentares, chapas de zinco e utensílios de cozinha foram entregues, sábado, ao governo da província do Cunene, para assistência à população afectada pela fome, em consequência da seca.
Trata-se de uma iniciativa do Executivo angolano, no âmbito do programa de assistência emergencial.
Dos produtos fazem parte mil e 150 caixas de massa alimentar, 800 sacos de 25 quilogramas de fuba de milho, 750 sacos de arroz e a mesma quantidade de feijão, 650 caixas de óleo e 350 de açúcar, 257 caixas de bolacha e 190 de cereais.
Constam ainda dos bens 26 mil chapas de zinco, três mil canecas e 300 pratos de alumínio, 450 fogões a gás, 200 caixas de sabonete.
Na ocasião, a governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa, agradeceu o apoio dado pelo executivo central, realçando que os bens entregues irão mitigar os efeitos da fome.
“Com estes produtos pensamos que estamos em condições de prestar a assistência às populações afectadas, resolvendo em grande medida a situação que estamos a viver actualmente na província”, sublinhou.
Admitiu ser uma situação “preocupante”, pois os habitantes tiveram que se deslocarem das suas áreas de residência para áreas ribeirinhas à procura de água e alimentos, tanto para as pessoas, como para o gado.
Informou que foi criada uma comissão que está a efectuar um levantamento estatístico das famílias em crise, de modo a que os bens sejam melhor direcionados.
Este apoio junta-se a outro entregue, terça-feira última, pela Presidência da Republica, consubstanciado em mais de 27 toneladas de produtos alimentares.
Desde 1998, a seca assola, ciclicamente, a região sul do país, principalmente a província do Cunene, mas em 2018/2019 este fenómeno foi o mais devastador dos últimos 24 anos da história.
A acentuada crise de 2018 atingiu 880 mil 172 pessoas e um milhão de cabeças de gado, causando a morte de 30 mil animais, entre bovinos, caprinos e suínos.
Fonte: Lusa